O maior jogo nos “quartos” do Mundial opõe sábado dois “gigantes” do futebol mundial, duas selecções que em fases finais já se encontraram cinco vezes, com vantagem para os germânicos.
A Alemanha “saiu por cima” em 1958 (fase de grupos, 3-1), em 2006 (quartos de final, desempate por penalidades) e na final de 1990, com a conquista do título mundial em Itália, ao vencer a Argentina por 1-0 (golo de Brehme, numa grande penalidade mais do que duvidosa, sobre o fim).
Para os sul-americanos, as boas memórias remontam a um único jogo, a final de 1986, no México, com o atual técnico argentino, Diego Armando Maradona, em grande estilo e a Argentina a vencer por 3-2.
O único empate em campeonatos do Mundo entre as duas equipas data do já distante Inglaterra1966, com um “nulo” ainda na fase de grupos.
Sábado, na Cidade do Cabo, no Estádio Green Point, o jogo promete muito e depois de algumas trocas de acusações nos últimos dias, foi a vez dos técnicos Joachim Low e Maradona chamarem a si a discussão.
Na opinião de Low, a Alemanha vai encontrar uma selecção da Argentina que joga “no limite”, com um futebol “muito físico” e em muitas ocasiões até “agressivo”, recusando a ideia dos seus jogadores terem faltado ao respeito aos sul-americanos.
“Não faltámos ao respeito, respeitamos os argentinos. Têm um jogo físico, que vai ao limite, é algo muito sul-americano”, disse o seleccionador germânico, defendendo Bastian Schweinsteiger, que apontara a agressividade do adversário.
Joachim Low justificou que “os argentinos são apaixonados” e que espera um oponente com grande mentalidade de ataque, porque é essa a filosofia do seu mentor, Maradona, a quem recordou como jogador e muito interventivo como técnico.
Para Maradona, um dos maiores futebolistas de todos os tempos e que no Mundial de 1986, então como jogador, justificou um golo com a mão à Inglaterra como a “mão de Deus”, voltou a evocar a religião.
“Deus vai querer que estejamos na final”, disse o sempre irreverente Maradona, alertando que se a equipa correr contra a Alemanha perde, mas se souber fazer ‘joguinhos’ ganha.
Na Alemanha, Miroslav Klose – que igualou Pele (com 12 golos) em Mundiais – é um dos homens do momento, mas também Thomas Müller, com dois golos à Inglaterra, ou Mesut Ozil, a quem alguns chamam o “Messi alemão” e que Low considera decisivo no último passe.
“Não penso que os possamos comparar (Messi e Ozil)”, disse o técnico, lembrando que o argentino é um dos melhores do Mundo e que o seu jogador tem menos experiência, mas que é “letal” na hora de decidir.
O encontro entre Alemanha e Argentina disputa-se no sábado a partir das 16:00 horas locais (15:00 em Lisboa), sob a arbitragem do uzbeque Ravshan Irmatov.
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