O antigo futebolista internacional espanhol Marcos Senna disse hoje que a seleção portuguesa tem "capacidade para chegar longe" no Mundial2022 de futebol, à margem da conferência Thinking Football, evento organizado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
"A seleção portuguesa tem sempre equipas muito fortes e este ano não é exceção. Tem uma grande geração, grandes talentos. É uma seleção que tem capacidade para chegar longe na competição [Mundial2022]. Vai ser um Mundial que se vai decidir nos pequenos detalhes, quem estiver melhor neles poderá vencer. Vamos ver. Mas, sem dúvida, Portugal pode sempre ganhar", disse o ex-médio de 46 anos.
Marcos Senna, que se notabilizou ao serviço do Villarreal, ao serviço do qual atuou em 10 temporadas, defrontou por várias ocasiões o capitão da equipa lusa, Cristiano Ronaldo, e considera que a recente polémica entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan não terá influência no seu desempenho, ainda que reconheça a influência que o seu comportamento pode ter no restante plantel português.
"O Cristiano tem de ser uma influência positiva. Ele é o profissional que todos conhecemos e tenho a certeza que chegará a este mundial a saber distanciar-se de polémicas. Não podemos dizer que este seja o seu último Mundial, porque, no caso dele, nunca se sabe. Tenho a certeza de que ele estará na melhor forma para dar o seu máximo pelos colegas de equipa", disse.
Quanto à seleção espanhola, que representou por 28 ocasiões, tendo conquistado o Euro2008, acredita que os comandados de Luis Enrique podem conseguir uma boa prestação na fase final da mais importante competição de seleção, com capacidade para surpreender, ainda que não a coloque no lote de favoritos, recordando as conquistas recentes do país.
"Nós [Espanha] podemos fazer um bom torneio, até com o grupo que temos. Não somos favoritos, mas esta equipa ganhou o Europeu, o Mundial e o Europeu novamente [2008, 2010, 2012], de forma seguida. Mesmo no Euro2020, ninguém dava nada por nós [Espanha] e chegámos às meias-finais e só perdemos nos penáltis [frente à Itália]. Acredito que podemos chegar longe", reiterou.
O hispano-brasileiro esteve presente na campanha espanhola do Mundial2006, na Alemanha, tendo sido uma peça importante da conquista do Euro2008 por parte da Espanha e, recordando as experiências internacionais, disse que representar um país acarreta uma responsabilidade diferente relativamente aos clubes, existindo uma maior exigência.
"De um modo geral, independentemente de ser seleção ou clube, vestir uma camisola já traz responsabilidade, mas sobe um escalão quando estamos a falar da seleção. É onde estão os melhores e o nível de competição e responsabilidade aumenta. Com isso, é preciso trabalhar mais, com força e superação, para representar o país da melhor forma possível", disse.
A conferência Thinking Football decorreu entre sexta-feira e hoje, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
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