Um golo de Umtiti deu hoje à França a vitória sobre a Bélgica (1-0), nas meias-finais do Mundial2018 de futebol, e apurou-se para a sua terceira final da história, esperando agora por Inglaterra ou Croácia.

Exatamente dois anos depois de perder, em Paris, a final do Euro2016 para Portugal, graças a um golo de Eder no prolongamento, os franceses ‘vingaram’ o desgosto e continuaram a caminhada até à final.

Depois do êxito em 1998, o selecionador Didier Deschamps pode repetir o feito que conseguiu enquanto jogador 20 anos depois da final ganha por 3-0 ao Brasil, num torneio jogado em solo francês e que antecedeu nova glória dois anos depois, no Euro2000.

Em 2006, numa final infame pela ‘cabeçada’ de Zidane a Materazzi, os ‘bleus’ caíram perante a Itália na Alemanha, 10 anos antes de nova desilusão numa final, no Euro ‘caseiro’.

Como em tantas outras ocasiões durante este campeonato do mundo, foi uma bola parada a decidir um jogo, com o defesa central do FC Barcelona Samuel Umtiti a cabecear para o fundo das redes de Courtois, depois de um canto batido por Griezmann.

Em São Petersburgo, a Bélgica teve mais posse de bola mas, na primeira parte, pertenceram aos franceses as melhores oportunidades, antes do tento de Umtiti, aos 51 minutos, mudar a configuração do encontro.

Daí para a frente, os belgas tentaram tudo e o selecionador, o espanhol Roberto Martínez, alterou o esquema tático, com a entrada de Mertens, para tentar levar finalmente os ‘diabos vermelhos’ a uma final do Mundial, mas o esforço foi inglório.

Para a Bélgica, serve de ‘consolo’ a garantia de que, mesmo se perderem o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar, vão igualar a melhor prestação de sempre, no torneio do México em 1986, quando terminaram em quarto.

Na final, os franceses vão encontrar o vencedor do encontro entre Croácia e Inglaterra, que disputam o último lugar no jogo decisivo na quarta-feira, em Moscovo, pelas 19:00 (horas de Lisboa).

Os ingleses procuram um feito similar ao que a França também quer conseguir, uma vez que, em caso de vitória, chegam a uma final 52 anos depois de serem campeões do Mundo em 1966, num torneio jogado ‘em casa’.

Liderados pelo melhor marcador da prova, Harry Kane (seis golos), os comandados de Gareth Southgate ganharam a Tunísia e Panamá na fase de grupos, em que também perderam com a Bélgica.

Nos oitavos de final, quebraram a ‘maldição’ dos penáltis ao afastarem a Colômbia no desempate por grandes penalidades, antes de eliminarem a Suécia nos ‘quartos’.

Quanto aos croatas, o terceiro lugar no França1998 é o melhor resultado desde a independência, em 1991, já que antes estavam integrados na Jugoslávia.

Luka Modric, Rakitic e companhia venceram os três jogos da fase de grupos, com Nigéria, Argentina e Islândia, antes de afastarem Dinamarca e a anfitriã Rússia na fase do ‘mata mata’, em ambos os casos no desempate por grandes penalidades.