O videoárbitro (VAR) analisou um total de 335 lances durante a primeira fase do Mundial2018 de futebol, que está a decorrer na Rússia, e teve uma intervenção a “roçar a perfeição”, considerou hoje a FIFA.
Numa conferência de imprensa realizada em Moscovo, que serviu de balanço da arbitragem nos jogos da fase de grupos, o italiano Pierluigi Collina enalteceu o “sucesso” que tem sido o VAR na competição e revelou que “99,3 por cento das decisões foram corretas”, embora sem nunca explicar como é que a FIFA chegou a essa estatística.
“Antes da competição começar, muitos diziam que a VAR não era a solução ideal e que poderia ter um mau resultado. A verdade é que, na primeira fase, as estatísticas mostram que 99,3 por cento das decisões dos árbitros com ajuda do VAR foram acertadas. Mostra que o VAR esteve roçar a perfeição”, afirmou o presidente do Comité de Arbitragem da FIFA.
Collina rejeitou abordar qualquer decisão ou episódio específico que tenha ocorrido durante a primeira fase, mas adiantou que o VAR analisou em média sete lances por encontro e, dos 335, apenas 17 tiveram que ser revistos.
“Em campo, dos 17 lances que foram revistos, 14 foram feitos pelo árbitro de campo com recurso ao monitor. O tempo utilizado rondou os 80 segundos, ou seja, menos que um festejo de um golo”, disse o antigo árbitro italiano, reforçando que o VAR “não tem atrasado os jogos”.
Collina avançou ainda que a FIFA, como sinal de transparência, “não descarta a possibilidade de, no futuro, transmitir as comunicações do VAR em direto para o público”, como acontece, por exemplo, no râguebi.
Na mesma conferência de imprensa, o líder do departamento de árbitros da FIFA defendeu que o Mundial2018 chega aos oitavos de final, após 48 jogos disputados, sem qualquer tipo de “escândalo” nas decisões dos juízes.
“Até agora, não tivemos nenhum lance mal assinalado que seja considerado escandaloso e isso acontece devido à existência do VAR. É evidente que é uma ajuda muito importante para os árbitros”, disse o também italiano Massimo Busacca.
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