A FIFA ainda não tomou uma posição oficial sobre os horários dos jogos do Mundial2022, no Qatar. Várias personalidades internacionais ligadas ao futebol têm mostrado o seu descontentamento pela escolha do país do Médio Oriente para albergar o Campeonato do Mundo de 2022 nos meses de junho e junho, altura em que se registam temperaturas até 50 graus no país.
Harold Mayne-Nicholls, chileno que chefiou a comissão de análise à candidatura do Qatar, sugere que o Mundial seja realizado no inverno. Ou, em alternativa, que os jogos sejam realizados à meia-noite ou uma da manhã, para contornar o problema do calor.
"Há duas soluções. Uma é fazer o Mundial no inverno, o que seria um inconveniente para as Ligas europeias. Outra era fazer em maio/junho em vez de junho/julho com os jogos a começarem às 19h00, 21h30 e meia-noite, ou até mais tarde", disse Mayne-Nicholls, em entrevista à agência DPA.
Para o chileno, a escolha dos jogos a meia-noite seria "a solução mais fácil", sublinhando que "apesar do calor, é menos sufocante. Um Mundial no inverno obrigaria a alteração da maior parte dos campeonatos europeus, hipótese posta de parte por vários dirigentes de clubes da Europa.
Questionado sobre o porquê da decisão da FIFA em atribuir ao Qatar a organização da prova, o analista, que já foi presidente da Federação Chilena de Futebol, mostra-se cauteloso mas sublinha que a escolha poderia ser outra.
"O calor não apareceu apenas no dia da inspeção [da FIFA], esteve sempre lá", sublinhou.
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