Os campeões do Mundo iniciaram a defesa do título contra o Paraguai em bom estilo, mas sem a acutilância habitual no ataque. Contra o cepticismo e o seu código genético, a defesa do título foi feita quase sempre ao ataque na primeira parte.
A Squadra Azzurra, novamente comandada por Marcello Lippi, não conta com algumas referências do passado recente, como Totti ou Luca Toni. O seleccionador italiano apostou num tridente ofensivo constituído por Pepe, Gilardino e Iaquinta, mas o trio revelou-se incapaz de criar perigo, apesar do maior domínio territorial.
Por outro lado, o Paraguai – com Cardozo no banco – foi astuto e não caiu na habitual armadilha transalpina. A equipa de Gerardo Martino deixou as despesas do desafio a cargo dos ‘azzurri’ – umas vezes por estratégia, outras por falta de capacidade -, evitando assim surpresas desagradáveis no contra-ataque.
Sem Pirlo a comandar as tropas, a Itália parece acusar a ausência do seu ‘farol’, sendo que Marchisio e Montolivo não se revelaram ainda à altura da missão. Assim, a primeira ocasião só surgiu aos 22’, num erro de Vera a deixar Montolivo isolado, mas o médio italiano rematou fraco. Acto contínuo, o Paraguai responde com um tiro ao lado de Torres.
Os paraguaios começaram lentamente a equilibrar a partida, sem nunca abdicar de uma postura cautelosa e expectante. Com uma boa dose de matreirice à mistura, os paraguaios acabaram por chegar ao golo na sequência de um livre, onde Alcaraz surgiu a cabecear sem hipótese para Buffon, aos 39 minutos. Estava feito o 1-0 e a surpresa no estádio Green Point, na Cidade do Cabo.
Sob uma chuva incessante, os campeões do Mundo têm agora 45 minutos para dobrar o ‘Cabo das Tormentas’ paraguaio.
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