Paulo Bento tornou-se hoje o terceiro selecionador a colocar Portugal em duas fases finais de grandes competições, repetindo os feitos do brasileiro Luiz Felipe Scolari e do “pioneiro” António Oliveira.

Depois de ter levado a formação das “quinas” ao Europeu de 2012, prova em que só caiu nas meias-finais, frente à campeã Espanha, na “lotaria” dos penáltis, o ex-técnico do Sporting conduziu a seleção ao Mundial de 2014.

Como há dois anos, então frente à Bósnia-Herzegovina (0-0 fora e 6-2 em casa), a seleção lusa só logrou o apuramento, para a prova que o Brasil vai acolher de 12 de junho a 13 de julho de 2014, nos “play-offs”, ao bater a Suécia (1-0 em casa e 3-2 fora).

Como os seus antecessores, Paulo Bento qualificou a seleção nacional para duas competições distintas, sendo que Oliveira o conseguiu em dois ciclos (Europeu de 1996 e Mundial de 2002) e Scolari consecutivamente (Mundial de 2006 e Europeu de 2008).

Quanto a fases finais, o ex-médio luso, que como jogador cumpriu 35 internacionalizações “AA”, irá disputar a segunda, igualando Oliveira, mas não Scolari, uma vez que o técnico “canarinho” também orientou Portugal no “seu” Euro2004.

Além deste três técnicos, entraram para a história dos apuramentos lusos mais seis selecionadores, o primeiro dos quais Manuel da Luz Afonso, que, na estreia numa grande competição, chegou com Portugal às meias-finais do Mundial de 1966.

O primeiro apuramento para um Europeu aconteceu apenas em 1984 e foi conseguido por dois técnicos: começou o brasileiro Otto Gloria, que arrancou com dois triunfos e depois perdeu por 0-5 em Moscovo, sendo substituído por Fernando Cabrita, vencedor dos seus três jogos, incluindo o 1-0 final à União Soviética.

A terceira qualificação lusa, para o Mundial de 1986, foi conseguida pelo “Bom Gigante”, o malogrado José Torres, que concretizou um sonho que, a determinada altura, só ele acreditava e passou por um triunfo na RFA a fechar (1-0 em Estugarda).

Por seu lado, Humberto Coelho conduziu a equipa nacional ao apuramento para o Europeu de 2000, prova em que Portugal esteve brilhante, nomeadamente com a Inglaterra (0-2 para 3-2) e, já apuramento para os “quartos”, a Alemanha (3-0, com as “reservas”). A mão de Abel Xavier inviabilizou a final.

Depois da segunda vez de António Oliveira e das duas de Scolari e antes do “bis” de Paulo Bento, foi a vez de Carlos Queiroz qualificar a formação das “quinas” para o Mundial de 2010, depois de ter falhado, 16 anos antes, o aceso ao Mundial de 1994.