Representada pela jurista Ana Lúcia Guerra, a Chamartin Imobiliária, segundo maior accionista da SAD, logo atrás do FC Porto, absteve-se em todos os pontos em discussão, excepto no último, sobre uma alteração dos estatutos da sociedade.
A Chamartin Imobiliária, de capitais espanhóis, é accionista da FC Porto SAD na sequência da compra da Amorim Imobiliária, que desde a construção do estádio do Dragão detinha 18,12 por cento da SAD.
A Lusa contactou a empresa espanhola para obter uma justificação para o sentido de voto, que pela primeira vez não aprovou todas as propostas da administração, mas a empresa limitou-se a dizer que "não era oportuno" fazer comentários.
A empresa já não está representada na administração da SAD desde Janeiro, na sequência da saída de Jaime Lopes, administrador não executivo da SAD portista indicado pela Chamartin mas que nunca foi substituído após deixar a empresa espanhola no final do ano passado.
Contactado pela Lusa, Jaime Lopes não quis explicar porque continua na administração da FC Porto SAD, cujo mandato termina em 2011: "O acordo que tenho é com o presidente do FC Porto". Sobre a abstenção sistemática da Chamartin na assembleia de accionistas da SAD limitou-se a dizer: "Não tenho nenhum comentário a fazer e não faço ideia dos motivos".
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