O candidato Bruno de Carvalho parte domingo, pelas 14:00, com destino final a Moscovo, onde irá apresentar segunda-feira os investidores russos para o fundo de 50 milhões, revelou à Agência Lusa fonte da candidatura.
Trata-se de um fundo fechado, que não será constituído por subscrição, cujos activos serão os passes dos jogadores do plantel, sobretudo dos que vão ser contratados, visto que dos actuais há muitos já penhorados.
Uma percentagem dos passes dos jogadores pertencerá ao Sporting e outra aos investidores e, quando algum deles for transaccionado para outro clube, a margem de lucro da operação será repartida entre as partes.
O principal investidor do Fundo será Leonid Tiagatchov, antigo presidente do Comité Olímpico da Rússia, homem da nomenclatura e da confiança do Primeiro-Ministro Vladimir Putin, de grande capacidade financeira, mas manter-se-á na retaguarda da operação, pela qual darão a cara outros elementos a si associados.
Contactado hoje pela Agência Lusa, Tiagatchov negou ser o principal investidor do fundo que Bruno de Carvalho vai anunciar segunda-feira na capital russa.
O Sporting surge como um clube atractivo no contexto europeu, no qual se torna mais fácil entrar por via da fragilidade da sua actual situação financeira, e por participar regularmente nas provas europeias, o que assegura um potencial de valorização dos jogadores que integrarão o fundo.
Além de ser ambição de qualquer oligarca ter uma equipa numa capital europeia, a legislação em Portugal, tal como na América Latina, ao contrário do que sucede na maioria dos países europeus, permite que empresas ou investidores particulares tenham uma percentagem dos passes dos jogadores.
Um exemplo é o do empresário russo Boris Berezovski, exilado em Londres por razões políticas, que é o verdadeiro dono do Fundo MSI, sediado na capital inglesa, que teve uma parceria com o clube brasileiro Corinthians, de São Paulo, mas quem presidia e dava a cara por aquele era o empresário iraniano Kia Joorabchian.
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