O antigo jogador e treinador do Sporting, Augusto Inácio, indigitado para vice-presidente da lista de candidatura de Bruno de Carvalho, qualificou hoje o cabeça de lista como «um líder, atrevido, que não tem medo de nada e convicto das suas ideias».
«Daqui a dez anos, quinze anos, continuará a ser presidente do Sporting», alvitrou Augusto Inácio, fazendo ecoar uma sonora salva de palmas na sede de candidatura de Bruno de Carvalho, no Centro Comercial Alvaláxia, no estádio Alvalade, onde se juntaram mais de duas centenas de pessoas para ouvir a apresentação da lista para os órgãos sociais daquele candidato.
Inácio explicou ter aceite «de imediato e sem hesitar» o convite de Bruno de Carvalho durante um almoço, depois de este lhe ter explicado «as ideias e o projecto que tinha para o Sporting».
O treinador que conduziu os leões ao título em 1999/2000, após um “jejum” de dezoito anos, revelou ter tido «vários convites para treinar» já depois de ter aceite integrar a lista de Bruno de Carvalho, nomeadamente de clubes da Arábia Saudita e da Liga portuguesa.
«Não quero ver outro Inácio a tornar o Sporting campeão ao fim de outros dezoito anos», afirmou, justificando a recusa dos convites.
O repto lançado terça-feira pelo candidato Pedro Baltazar, que perguntou a Bruno de Carvalho quais os investidores do fundo de 50 milhões de euros que prometeu, admitindo, nesse cenário, a fusão das duas listas, também foi abordado no encontro com os jornalistas.
Bruno de Carvalho disse rejeitar ultimatos pela comunicação social, ainda por cima por parte de pessoas que têm o seu telefone, esclarecendo que a sua candidatura vai até ao fim e que está fora de causa qualquer fusão com outra lista.
Sobre a penhora do passe do defesa Daniel Carriço por Pedro Baltazar, confessou «ter ficado chocado» e defendeu um maior cuidado dos candidatos às eleições de 26 de Março na divulgação de certas notícias.
«Como sportinguista não me agradou muito ver um candidato dizer que tinha na mão o passe seja de quem for, a não ser fosse o passe de um jogador para vir reforçar o plantel», disse Bruno de Carvalho.
Questionado sobre as sondagens que lhe dão vantagem nas intenções de voto, não quis «embandeirar em arco»: «Encarei essas sondagens com naturalidade. É uma grande responsabilidade, embora eu já o soubesse quando me candidatei, e uma honra».
Respondendo a um sócio, que quis saber onde é que iria arranjar o dinheiro para construir a tal equipa campeã, Bruno Carvalho não revelou detalhes sobre a constituição do fundo de 50 milhões, mas vincou que pretende «acabar de vez com a promiscuidade entre os credores e o Sporting».
É sua intenção «renegociar o serviço da dívida e diminuir o passivo» e revelou que irá apresentar os investidores no próximo dia 14, segunda-feira, esclarecendo que estes «já estão comprometidos com o fundo no sentido de se construir uma equipa campeã».
Pretende ainda «aproveitar o fundo do Banco Espírito Santo na ordem de 15 a 20 milhões negociado pela direcção cessante», que deverá entrar em funcionamento 90 dias após 19 de Janeiro deste ano.
«Esta lista conseguiu atrair novos parceiros com peso, coisa que ninguém acreditou, porque temos vivido na mentira de que o Sporting não tem capacidade para isso», disse Bruno de Carvalho, que promete agora vir a «negociar com a Banca como presidente do Sporting».
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