Zeferino Boal justificou hoje a candidatura às eleições no Sporting, programadas para 26 de Março, com a necessidade de «alterar o paradigma da gestão desportiva» e sustentou que é preciso «acreditar na garra dos sportinguistas».
«Na última década e meia, temos discutido crises financeiras e património, qual foi a política desportiva desenvolvida?», questionou Zeferino Boal, sócio do Sporting número 9.443, que apresentou hoje a candidatura em Lisboa.
O candidato anunciou «três vectores para alterar o paradigma da gestão desportiva», baseado no «alto rendimento, em que o principal realce é o futebol», e no «ecletismo» e no «desporto para sócios».
No futebol profissional, Boal disse que não tem ainda qualquer homem-forte e que Paulo Futre, apresentado na terça-feira na lista de Dias Ferreira, «pode juntar-se a esta candidatura, já que nunca demonstrou ter tempo para o Sporting e agora já tem».
Sem se referir a José Couceiro, recentemente contratado para director-geral do Sporting, Zeferino Boal referiu que «o modelo de recrutamento tem de ser aperfeiçoado e mais eficaz» e que «o futebol profissional tem de encontrar praticantes que sejam referências para o espectáculo desportivo».
«Serão atletas de renome internacional, trabalhando em equipa com jovens talentos com futuro, pois só assim teremos equipas mais competitivas, que tragam público ao estádio. O futebol do Sporting tem de voltar a ser uma festa de norte a sul do país», disse.
Acrescentou também que «as bases para um Sporting campeão têm de ser lançadas já».
Boal vincou a necessidade de «unir os sócios» e de «dizer basta» perante a situação do clube, para o qual lançou interrogações sobre «a real situação financeira» e o «património».
Oficial da Força Aérea aposentado, Zeferino Boal, 48 anos, afirmou que «só com uma marca Sporting forte e competitiva no seu todo» se poderá captar «mais sócios, patrocinadores e parceiros».
Zeferino Boal assumiu também que «a gestão do universo Sporting tem de ser empresarial, mas, prioritariamente, com critérios desportivos», observando, em alusão à situação financeira, que a «actual situação não se resolve com promessas meteóricas de milhões de euros».
O terceiro candidato a apresentar-se a sufrágio, depois de Bruno Carvalho e Dias Ferreira, garantiu que «Abrantes Mendes está com esta candidatura» e finalizou a apresentação com a convicção: «Se não acreditasse que podia vencer, não estava aqui!».
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