O técnico de futebol do Manchester United, Alex Ferguson, disse hoje compreender o desejo do português José Mourinho voltar a treinar em Inglaterra, mas assegurou que, de momento, o banco dos “red devils” está ocupado.

«José [Mourinho] é um bom amigo, temos falado muito sobre o seu futuro e entendo o desejo de regressar a Inglaterra [treinou o Chelsea durante pouco mais de três anos]. Aqui, um treinador é mais livre do que em Espanha. Todavia, é difícil dizer quando este banco ficará livre», disse o treinador escocês ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport.

Ferguson fez estas declarações quando lhe perguntaram directamente se pensa que Mourinho quer ficar com no seu lugar à frente do Manchester United.

Para o treinador dos “red devils”, os treinadores em Espanha estão submetidos a uma maior pressão por parte dos órgãos de comunicação social.

Recordou também o caso do espanhol Rafa Benitez, que substituiu Mourinho no banco do Inter de Milão no início desta época e que acabou por ser afastado do clube italiano em Dezembro último.

«Benítez aparentemente não conseguiu criar uma relação com os jogadores como o fez Mourinho. José cria vínculos de grupo muito fortes», adiantou

Ferguson, que avaliou também o trajecto do novo técnico da equipa italiana, o brasileiro Leonardo:

«Penso que terão sido as suas qualidades humanas que permitiram voltar a encarrilar o Inter.»

Ferguson falou também da sua equipa e de um dos protagonistas da temporada, o mexicano Javier “Chicharito” Hernández.

«Não é fácil a um jovem chegar ao United e converter-se de imediato numa estrela. Aos jovens com potencial há que integrá-los gradualmente, como aconteceu com Cristiano Ronaldo. ‘Chicharito’ tem uma grande vantagem. O avô e o pai jogaram pelo México em mundiais de futebol, tal como ele. Faz parte de uma dinastia que o leva a dar sempre o máximo», afirmou.

O técnico escocês pediu ainda paciência com o avançado espanhol Fernando Torres, que se transferiu do Liverpool para o Chelsea a meio desta época, reconhecendo que o jogador «precisa de um pouco mais de tempo para se adaptar» ao novo clube.

«Quando o Chelsea o contratou, no mercado de inverno, todos foram unânimes em dizer, justamente, que se tratou de uma grande operação. Agora dizem que se tratou de um erro. É possível ser-se mais ridículo?», perguntou, respondendo de imediato:

«Está claro que voltará a marcar e espero que seja dentro de pouco tempo, mas só depois de jogar connosco.»

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