José Mourinho não tem vivido um início de época feliz. Nas primeiras três jornadas, o Manchester United perdeu dois jogos: primeiro com o Brighton, por 3-2, e depois com o Tottenham por 3-0. O técnico português ficou na corda bamba e em Inglaterra diziam que, caso perdesse mais um jogo, sairia do clube.

Agora, um jornalista do 'Eurosport', aproveitou a carta publicada pelo New York Times sobre a admnistração de Trump para escrever uma carta como paródia para a situação de José Mourinho. A carta dá a conhecer um grupo de funcionários do Manchester United que não apoia a continuidade de José Mourinho e que admite planear um boicote ao técnico português de 55 anos, tal como dizia a carta para Trump.

"José Mourinho enfrenta um teste ao seu reinado no Manchester United. Não é só por causa de Pep Guardiola. Ou que os adeptos estejam amargamente divididos sobre a sua liderança. Ou até mesmo que pode perder Paul Pogba para o Barcelona em janeiro. O dilema, que ele não compreende, é que muitos dos altos funcionários da sua administração estão a trabalhar diligentemente de dentro para frustrar parte da sua agenda e aptidões. Eu sei. Pois sou um deles", começa por dizer a carta.

"Acreditamos que o nosso primeiro dever é com o clube, e o treinador continua a agir de maneira prejudicial à saúde de nossa amada equipa. É por isso que muitos dos que trabalham no United prometeram fazer o que pudermos para preservar a nossa instituição. O problema de Mourinho é a sua amoralidade Todos os que trabalham com ele sabem que ele não está a atrelado a nenhum princípio percetível que guie a sua decisão. Além de um desejo insaciável de garantir respeito que ele sente ter conquistado, e uma dedicação para conseguir isso durante muito tempo", pode ainda ler-se.

"Ele quis convencer-nos a gastar 80 milhões de libras (cerca de 89 milhões de euros) em Harry Maguire no dia de fecho do mercado. Depois, 35 milhões no Yerry Mina. Depois, 18 milhões no Godín. Basicamente, ele quis qualquer defesa disponível. Coube-me a mim, quer dizer, coube-nos desautorizar", afirma.

"Em público e privado, Mourinho mostra uma preferência por futebolistas autocratas, jogadores altos e fortes, como Matíc e Fellaini, e mostra pouco apreço por avançados talentosos que sempre estiveram na génese do United. Por exemplo, o treinador estava determinado em vender um dos melhores avançados, Anthony Martial. Durante semanas, na digressão aos EUA, Mourinho queixou-se da licença de paternidade de Martial e expressou a sua frustração com a recusa do futebolista em regressar mais cedo. Tivemos de tomar uma atitude e começamos a falar com Martial para a sua renovação", acrescenta ainda sobre o alegado desentendimento entre o técnico português e o jogador do United.

"Dada a instabilidade que muitos testemunharam, houve rumores de que Zidane poderá neste verão, o que iniciaria um processo complexo de remoção do gerente. Mas ninguém queria precipitar uma crise constitucional. Então, faremos o que pudermos para conduzir isto na direção certa até que, de uma forma ou de outra, o fim chegue. A maior preocupação não é o que Mourinho fez ao United, mas sim o que nós, como clube, permitimos que ele fizesse conosco. Afundámos e permitimos que nosso discurso fosse despojado de civilidade", pode ler-se.

No fim da carta, é pedido aos adeptos e sócios do Manchester United que mostrem o seu desagrado com o treinador português. No entanto, tudo não passou mesmo de uma paródia.

Notícia atualizada às 17h34