No dia seguinte a ter sido conhecida a totalidade da entrevista concedida por Cristiano Ronaldo a Piers Morgan, o Manchester United voltou a reagir, numa nota oficial.
O clube de Manchester escreve que deu início às "medidas apropriadas" e que não fará mais comentários "até que este processo chegue à sua conclusão".
"O Manchester United iniciou esta manhã as medidas apropriadas em resposta à recente entrevista de Cristiano Ronaldo. Não faremos mais comentários até que este processo chegue à sua conclusão", pode ler-se na curta nota publicada pelos 'Red Devils' no seu site oficial.
A segunda e última parte da entrevista de Cristiano Ronaldo ao jornalista inglês Piers Morgan foi transmitida na quinta-feira, com os ‘red devils’, que conta também com os portugueses Diogo Dalot e Bruno Fernandes, a reagirem hoje.
“Não sei se devia dizer isto, mas não me importa. As pessoas deviam ouvir a verdade: sim, senti-me traído, e senti que algumas pessoas não me queriam cá não só esta época, mas também na última”, declarou o avançado.
Segundo o avançado de 37 anos, “não é só o treinador”, Erik ten Hag, a não querer o jogador no plantel, mas também “dois ou três no clube”, clarificando, depois, que se referia a administradores, reforçando que se sentiu “traído”.
O avançado ficou de fora dos últimos três jogos dos ‘red devils’, e embarcou hoje para o Qatar com a seleção portuguesa, que ‘capitaneia’, para o Mundial2022.
Ao todo, soma esta época 16 jogos e três golos pelo clube inglês, depois de em 2021/22, época de regresso a Manchester, ter conseguido 24 golos em 38 encontros.
Na longa entrevista, declarou não ter respeito pelo treinador, por considerar que este não o respeita.
Esta tem sido uma época ‘problemática’ para o ‘astro’ madeirense, que regressou ao United, em que jogou primeiro entre 2003 e 2009, após passagens no Real Madrid (2009-2018) e na Juventus (2018-2021), tendo começado a carreira no Sporting.
No verão, a sua possível saída do clube foi o principal tema de discussão do mercado de transferências e, quando não se concretizou, prometeu que daria uma entrevista para esclarecer o assunto.
Desde então, a sua atuação nos relvados tem sido intermitente, entre a titularidade, o banco de suplentes e a ausência dos convocados, como quando foi afastado dos treinos da primeira equipa por abandonar um jogo ainda a decorrer, tendo-se recusado a ser suplente utilizado.
Com 191 jogos pela seleção principal de Portugal, e 117 golos, junta-lhes 145 tentos pelo Manchester United, em 346 partidas, 450 pelo Real Madrid, em ‘apenas’ 438 encontros, e cinco pelo Sporting, em 31 jogos.
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