Depois de várias figuras terem pedido a demissão de Vítor Pereira, o presidente da Comissão de Arbitragem defendeu-se, sublinhando que uma eventual saída não iria resolver o estado das coisas.
«Fui eleito pelos 32 clubes numa lista liderada por Fernando Gomes e enquanto tiver a confiança do presidente da Liga de Clubes irei continuar. Quando deixar de a ter, as coisas resolver-se-ão. Se há momentos em que os árbitros precisam de ajuda são estes. A minha saída não resolveria este problema, nem acabaria com as críticas aos desempenhos dos árbitros», disse Vítor Pereira, esta terça-feira, em entrevista à TVI.
João Ferreira recusou apitar o encontro em Aveiro, entre Beira-Mar e Sporting, referente à segunda jornada da I Liga, e que acabou com um empate a zero, devido às pressões oriundas do seio leonino que contestaram a escolha da Comissão de Arbitragem.
João Ferreira «criou um problema e gerou esta confusão. Os árbitros têm deveres e direitos, e um dos deveres é apresentarem-se nos jogos que são nomeados. João Ferreira não se sentia em condições para arbitrar, depois de o Sporting contestar a sua nomeação», explicou.
«A minha promessa foi de tentar, por todos os meios, que o jogo se realizasse. E isso acabou por acontecer. Os que contatamos recusaram-se a apitar o jogo por solidariedade. E tenho de respeitar a solidariedade. Quanto a não comparência a um jogo é mais complicado. Eu acho que houve várias precipitações nas posições e pouco cuidado na forma como abordaram esta situação. Com um pouco mais de calma tudo se teria resolvido», contou.
Vítor Pereira revelou ainda que haverá consequências para o árbitro de Setúbal.
Recorde-se que os árbitros decidiram manter o boicote aos jogos do Sporting depois do sucedido.
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