O ex-candidato à presidência do Sporting, Bruno de Carvalho, considerou esta segunda-feira que a «montanha pariu um rato» numa alusão à criação do Sporting Portugal Fund pela atual SAD ‘leonina’, o qual «não precavê o futuro financeiro do clube».

«Depois de conhecer o SPORTING PORTUGAL FUND, continuo a acreditar que o SPORTING CHAMPIONS seria uma mais valia para a Sporting SAD, pois o seu valor inicial era de 50 milhões de euros, o Fundo comprava cem por cento do valor do jogador e em vendas futuras a Sporting SAD receberia 60 por cento das mais valias”, disse Bruno de Carvalho, em comunicado, referindo-se ao fundo que durante a campanha eleitoral prometeu criar para financiar o reforço da equipa de futebol se fosse eleito.

O ex-candidato disse ainda que nesse fundo os investidores «receberiam apenas 40 por cento» e a Comissão de decisão sobre os investimentos «teria elementos da Sporting SAD que teriam um papel determinante na mesma», ao contrário do fundo criado pela atual SAD, lamentando a escassa informação sobre o mesmo que foi disponibilizada aos sócios.

Bruno de Carvalho chama ainda a atenção para o facto de nesta fase o investimento máximo nos jogadores ser «só de 50 por cento», o que significa que a Sporting SAD «tem de arranjar outra forma de financiar o restante valor».

Acresce, ainda, segundo Bruno de Carvalho que, em princípio, a «divisão das vendas futuras será de acordo com as percentagens detidas» e as decisões sobre os jogadores a fazerem parte do Fundo «é da exclusiva responsabilidade da Entidade Gestora, a ESAF (Espírito Santo Ativos Financeiros) do BES (Banco Espírito Santo)».

O ex-candidato à presidência dos ‘leões’ levanta ainda inúmeras questões relativamente ao Sporting Portugal Fund, nomeadamente quem subscreveu os 15 milhões de euros, qual a proveniência do dinheiro, a quem cabe decidir o valor pelo qual os jogadores são integrados no fundo e se as decisões desses valores têm de ter o aval da Assembleia Geral de Acionistas da Sporting SAD.

Finalmente, Bruno de Carvalho comentou a polémica em torno da recusa dos árbitros em dirigir os jogos do Sporting, fazendo o paralelo entre a atual posição dos árbitros e aquela que assumiram no início da época passada quando houve uma tomada de posição agressiva de um clube, numa alusão ao Benfica.

«Não me parece caso para tanto alarido, para boicotes ou para reuniões sobre o assunto, mas apenas a necessidade de haver mais bom senso e alerta constante para a necessidade de critérios iguais para todos e maior qualidade de ação durante o jogo», concluiu Bruno de Carvalho.