As ações da Benfica SAD estavam hoje a cair 2,06%, após a detenção na quarta-feira do empresário Luis Filipe Vieira, presidente do clube, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros.
Cerca das 12:00 em Lisboa, as ações da Benfica SAD estavam a cotar-se a 2,85 euros, depois de na sessão de hoje terem mudado de mãos 2.107 ações da Benfica SAD a cotações que variaram entre o mínimo de 2,85 euros e o máximo de 3,0 euros.
A transação das 2.107 ações da Benfica SAD geraram uma receita de 6.116 euros.
Na quarta-feira, o título fechou a 2,91 euros cada, depois de terem sido negociadas 1.324 ações da SAD, num total de 3.893 euros.
O presidente do Benfica deverá ser ouvido hoje em primeiro interrogatório judicial na sequência da sua detenção, na quarta-feira, no âmbito de uma investigação a alegados crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento.
Luís Filipe Vieira é uma das quatro pessoas detidas, que, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), são suspeitas de estarem envolvidas em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.
Está previsto que os quatro detidos sejam presentes hoje a primeiro interrogatório judicial, do qual poderá resultar a aplicação de medidas coação, “com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.
O DCIAP informou na quarta-feira que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizados cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.
Em causa estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de configurarem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.
O Benfica reagiu ainda na quarta-feira à detenção de Luís Filipe Vieira e a direção disse estar “firmemente determinada” a defender os interesses do clube lisboeta, pouco tempo depois de a SAD ‘encarnada’ ter indicado que as funções do presidente serão "asseguradas nos termos previstos na lei e nos estatutos" da sociedade.
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