“Nunca disse que estava a preparar a próxima época, mas sim o futuro do Sporting”, disse o técnico quando confrontado com a saída no final da temporada, depois de o Sporting ter comunicado à CMVM qu não vai accionar a cláusula de renovação com o técnico português.

Carlos Carvalhal mostrou-se sereno e sublinhou que “o mais difícil está feito” e que “estão lançadas as bases para o futuro”.

“O Sporting está em condições de discutir o título na próxima época. O mais difícil está feito. Foram criados os pilares para uma equipa forte. Entre a minha chegada e o dia de hoje a equipa evoluiu muito. Joga bem, marca golos, tem dois sistemas tácticos onde tem dado boa resposta, ao contrário do inicio, quando cá cheguei. E deu-me particular gozo ter recuperado jogadores que estavam esquecidos”, frisou, acrescentando: "Poucos aceitariam pegar no Sporting quando eu peguei."

O técnico disse ainda que se sente “preparado para liderar qualquer grupo depois desta experiência”. "Acredito que vou ser campeão de Portugal em breve", atirou o treinador leonino. Aliás, Carvalhal sublinhou que não se sente magoado por sair de Alvalade, evitando dizer se achava que merecia permanecer no clube.

"Sinto-me enobrecido. Foi uma honra ter sido escolhido para treinador do Sporting numa das maiores crises da vida do clube. O profissionalismo, o querer evoluir num contexto de extremas dificuldades... Só eu sei a pedra que tive de partir para a equipa render o que está a render e isso é a minha satisfação. A minha vida como treinador não acaba com o vínculo do Sporting", observou.

Sobre a reacção dos jogadores à sua saída, Carvalhal deixou nas entrelinhas as manifestações de apoio recebidas do plantel. "Não consigo entrar nas cabeças dos jogadores, mas tenho recebido manifestações deles e sinto a equipa agregada à minha volta. Há espírito de equipa", vincou, sublinhando que a notícia da oficialização da sua saída não terá impacto no desempenho da equipa nos jogos que faltam disputar.

Quanto ao timing do anúncio da sua saída, Carlos Carvalhal apenas disse não ser da sua “responsabilidade” e escusou-se a tecer comentários sobre André Villas Boas, apontado como seu sucessor em Alvalade.