Os adeptos do Benfica que encheram os clubes e restaurantes da comunidade portuguesa de Newark, em Nova Jérsia, Estados Unidos, começaram a celebrar o tetracampeonato ainda na primeira parte do jogo com o Vitória de Guimarães.

Com o resultado em 4-0 ao intervalo no estádio da Luz, já se ouviam em Newark os habituais cânticos "campeões, campeões, nós somos campeões" e "SLB, SLB nós somos SLB".

No final do jogo, apesar da chuva intensa, a polícia fechou o trânsito na Ferry Street, conhecida como a Avenida de Portugal, para receber os festejos de algumas dezenas de adeptos, desde os mais velhos nascidos em Portugal até aos mais novos.

Daniel Rodrigues, que já nasceu nos Estados Unidos, disse que o Benfica e o futebol são as duas coisas que mais o ligam a Portugal.

"Desde os meus 5, 6 anos que o meu pai me leva a ver os jogos. A primeira vez que fui a Portugal fui ao estádio da Luz e estar lá, ver o voo da águia Vitória, foi uma emoção que não sei descrever", contou à Lusa.

Daniel Rodrigues disse que na sua família todos são adeptos de futebol, mas dividem-se entre adeptos do FC Porto e do Benfica.

"Brincamos uns com os outros, mas no final isso não importa nada. Importa é que haja respeito e bom futebol. E viva o Benfica", acrescentou o adepto.

"A família benfiquista está toda muito contente e eu também estou. O meu marido é do Porto, por isso hoje a felicidade que sinto é a dobrar", disse à agência Lusa Patrícia da Palma.

A adepta admitiu que só acompanhou os jogos no final do campeonato, porque no início achou que estava a dar azar.

"Quando via os jogos, perdíamos, por isso deixei de ver. Agora, no final, tornei a ver e gostei da forma como foi difícil, renhido, tornou esta vitória muito mais emocionante", explicou.

Pedro Pires também concorda que esta vitória "foi mais difícil do que nos anos anteriores, porque o Porto ganhou ritmo na segunda parte do campeonato e isso tornou tudo mais competitivo."

"Essa competição torna esta vitória agora muito mais saborosa", admitiu o jovem.

Na Ferry Street, enquanto os adeptos festejavam lançando bombas de fumo vermelho, algumas das lojas estavam de portas abertas e aproveitavam para fazer negócio, vendendo chapéus, camisas e cachecóis da equipa.

O nome de jogador que mais se via nas camisolas era o de Jonas.

"Para mim, ele continua a ser o melhor jogador. Não marcou tantos golos como na época passada, mas marcou os golos decisivos", explicou Pedro Pires.