O advogado de André Carrillo reafirmou hoje que o futebolista está disponível para negociar a renovação do contrato com o Sporting, mas apenas depois de o clube lisboeta arquivar o processo disciplinar contra o futebolista internacional peruano.
“Se existir vontade da Sporting SAD em prolongar o vínculo laboral, o jogador peruano está disponível para encontrar soluções conjuntamente com a Sporting SAD, tendo já mandatado os seus representantes legais para o efeito, mas só após a decisão de arquivar o procedimento disciplinar”, indicou Nuno Cerejeira Namora, em comunicado enviado à agência Lusa.
O advogado advertiu que os factos imputados a Carrillo “são totalmente falsos, estão prescritos e, ainda que fossem verdade, nunca constituiriam ilícito disciplinar”, assinalando que “o trabalhador ainda é livre para negociar, ser ouvido, contrapropor e, livremente, decidir por si”.
“Carrillo foi acusado de, exclusivamente, não ter chegado a acordo sobre a prorrogação do seu contrato. Como é óbvio – e perguntem a qualquer trabalhador – ninguém é obrigado a aceitar ser contratado com as condições, nomeadamente salário e duração do contrato, que o patrão, unilateralmente, impõe”, observou.
O especialista em direito do trabalho espera que o processo disciplinar termine no espaço de uma semana “com uma decisão justa, ou seja, o arquivamento”, a fim de “pacificar as relações laborais” e criar condições para que o atleta “voltar, serenamente, à mesa das negociações”.
O Sporting anunciou a 03 de outubro a instauração de um processo disciplinar a Carrillo e a “consequente suspensão imediata do jogador”, considerando que o futebolista peruano tem agido de “má-fé” no processo de renovação do contrato.
O extremo, de 24 anos, cumpre a última época de contrato com o Sporting e tem ficado fora das opções do treinador Jorge Jesus desde a receção aos russos do Lokomotiv de Moscovo, da primeira jornada da Liga Europa, a 17 de setembro.
Em 32 pontos, o Sporting historiou o processo negocial, informando que o clube está a tentar “há cerca de um ano e meio” renovar o contrato com o jogador, válido até 30 de junho de 2016.
A SAD do Sporting assumiu-se “ludibriada” com os impasses do processo negocial, considerando que este a lesava “de forma dolosa patrimonialmente”, decidindo a “instauração de um processo disciplinar e consequente suspensão imediata do jogador”.
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