Marco Gonçalves não se conforma com o castigo aplicado pela AF Porto e vai recorrer da decisão. Quem o revelou foi Nélson Sousa, advogado do jogador do Canelas, que revelou a intenção do atacante de recorrer para o Conselho de Justiça da AF Porto da punição imposta pelo Conselho de Disciplina.

"Vamos recorrer para o Conselho de Justiça. Estão a fazer do meu cliente um bode expiatório. O comportamento dele foi condenável, isso não está em causa, e ele pediu logo desculpa ao Sr. árbitro e aos familiares, mas recordo que um atual dirigente da FPF deu um soco a um árbitro num Mundial e não se viu nada disto" (referência a João Vieira Pinto). Catão fala em "contradições" no acórdão. "Ninguém se lembrou de fazer um cúmulo jurídico. Estivemos na Páscoa, mas não vamos crucificar ninguém. É óbvio que o meu cliente está triste com isto", referiu o advogado ao jornal O Jogo.

A publicação avança também que esta decisão foi tomada tendo em contra os relatórios do árbitro, da polícia e dos delegados, que anexaram o vídeo do sucedido. Este castigo divide-se assim em três penalizações: uma de quatro anos de suspensão por "ofensas corporais à equipa de arbitragem", outra de três meses de castigo por "ameaças, injúrias e ofensa à reputação" e uma terceira de dois meses de suspensão por "ofensas corporais graves a jogadores".

Marco Gonçalves terá ainda de pagar 4125 euros ao árbitro e 20 por cento desse valor à Associação de Futebol do Porto, punições que, segundo Nélson Sousa, são exageradas.

Recorde-se que Marco Gonçalves, jogador do Canelas, agrediu o árbitro José Rodrigues aos dois minutos de jogo entre a equipa de Canelas e o Rio Tinto, que ocorreu no dia 2 de abril. O jogador foi expulso do clube e foi constituído arguido por ofensas à integridade física.

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