O presidente da SAD do Boavista, Álvaro Braga Júnior, manifestou-se hoje desagradado com as arbitragens e considera a grande penalidade assinalada sexta-feira a favor do Desportivo de Chaves “a gota no copo de água”.
O Desportivo de Chaves venceu por 2-1 no Estádio do Bessa, para a quinta jornada da I Liga, numa partida em que chegou à vantagem por Marcão, aos 36 minutos, na conversão de uma grande penalidade a punir uma alegada falta de Neris sobre William.
“Basta atender a este último jogo com o Desportivo de Chaves para perceber que as coisas não correram bem em termos de arbitragem”, disse Álvaro Braga Júnior, em declarações à agência Lusa, considerando que o Boavista tem sido prejudicado e condicionado nos últimos jogos.
Álvaro Braga Júnior defendeu a revisão do protocolo do videoárbitro (VAR), no sentido de ser mais interventivo em situações ambíguas, e anunciou o envio para o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de uma exposição com alguns lances em que considera que o Boavista foi lesado.
“Há um penalti que não é e tem influência em todo o jogo. Fizemos uma boa exibição, o suficiente para ganhar o jogo, mas de qualquer das maneiras aquele lance marcou definitivamente a partida. É visível, depois, que não há grande penalidade”, defendeu.
O dirigente admite que, em algumas situações de jogo, o árbitro se engane, dado que tem de decidir no momento e sem recurso à tecnologia, mas já não entende que o VAR, com todos os meios que tem à sua disposição, não consiga observar algo que está previsto no protocolo.
“Isso para mim ainda é o mais extraordinário. O Boavista é defensor do VAR, mas todas as semanas ouvimos queixas. Há situações de jogo que não estão previstas no protocolo, mas não é o caso de um lance de grande penalidade, que está”, sustentou.
Para o dirigente ‘axadrezado’, que considera que “o Boavista nos últimos três jogos tem sido prejudicado em lances que acabam por influenciar o resultado”, a grande penalidade marcada a favor dos flavienses “foi a gota no copo de água”.
“Nós, por respeito ao setor [da arbitragem], vamos fazer uma exposição ao CA e a única coisa que pretendemos, da mesma maneira que respeitamos todos os árbitros, é que também nos respeitem”, disse Álvaro Braga Júnior.
Segundo o dirigente, o Boavista tem encontrado nos árbitros um rigor disciplinar que o clube não vê ser posto em prática nas equipas adversários e depois chega ao final do jogo e constata que até fez menos faltas do que o seu opositor.
“E isto também é algo que nos preocupa e que vamos referenciar na exposição [ao CA]. Temos algumas coisas que vão ser documentadas e remetidas ao CA, que não tenho dúvidas que está atento com o que se está a passar”, acrescentou.
O presidente da SAD ‘axadrezada’ recordou que “houve um ano de adaptação à nova tecnologia, mas agora [o erro] já não faz muito sentido, uma vez que já há uma habituação”, mas o facto é que “continuam a existir queixas de omissão do VAR perante alguns lances”.
“Quero, no entanto, tranquilizar os adeptos e sócios do Boavista. Se a equipa continuar a jogar como no último jogo ainda vai dar muitas alegrias, porque tem qualidade e vai fazer um campeonato sereno se as coisas correram com toda a normalidade como espero que corram”, disse.
Comentários