O guarda-redes Douglas, que representa o Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa de futebol, afirmou hoje que pretende continuar a jogar para além da presente época, interrompida devido à pandemia de Covid-19.
Com 225 jogos oficiais ao serviço dos minhotos desde a época 2010/11, o guardião brasileiro, de 37 anos, disse, numa videoconferência organizada pelo clube vitoriano, que tem condições para se manter nos relvados para lá desta temporada, apesar de não se saber ainda quando ela vai encerrar e do seu contrato terminar em 30 de junho.
"Vou continuar a jogar, até pela maneira como continuo a treinar e a jogar. Não sinto dificuldades em nada. Em muitas coisas, ainda sinto facilidade, até porque a experiência também ajuda. O meu pensamento para a próxima época é continuar a jogar e manter o bom nível que tenho mantido, não só neste ano", salientou, a partir de casa.
Titular habitual na época em curso, com 28 encontros cumpridos, Douglas admitiu não ter recebido qualquer contacto da administração da SAD vimaranense para renovar, mas disse esperar que "isso aconteça" e mostrou-se convicto de que essa questão vai "ser falada no momento certo".
Confrontado com a hipótese de o campeonato se estender para lá de 30 de junho, o veterano guarda-redes disse estar "muito tranquilo quanto a isso", à espera que a decisão seja tomada pelas "pessoas competentes", e prometeu "dar o máximo" nos treinos, quando a atividade futebolística regressar à normalidade.
Com a atividade do Vitória de Guimarães suspensa por tempo indeterminado há uma semana, Douglas tem-se mantido em casa, com os dois filhos e a esposa, formada em Educação Física, que o ajuda a fazer os exercícios diários recomendados pelo clube, ainda que a perda da rotina, disse, seja "muito estranha" e a quebra de forma natural.
"Por mais que nos cuidemos em casa e cumpramos os planos, acabamos sempre por perder um pouco [de forma], porque não temos o ritmo da bola, o campo e a relva. Isso tudo faz falta. Mas cumprindo estes planos, vai custar um pouco menos quando voltarmos ao trabalho. O objetivo é não deixarmos o corpo totalmente parado", explicou.
Acerca da pandemia de Covid-19, responsável pela infeção de mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram, o guardião reconheceu que, "não tinha ideia da gravidade no início", tendo começado a perceber melhor o seu impacto graças às informações dadas pelos médicos do clube.
A propósito da doença provocada pelo novo coronavírus, Douglas disse também já ter enviado mensagens aos familiares no Brasil para se cuidarem - o balanço é de 428 casos e quatro mortes, segundo a atualização mais recente do Ministério da Saúde do país sul-americano.
Em Portugal, que se encontra em estado de emergência desde as 00:00 de hoje, a Direção-Geral da Saúde elevou o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.
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