O Núcleo de Árbitros de Futebol do Ave reagiu esta quinta-feira em comunicado à polémica lançada pelo FC Porto, no programa do Porto Canal 'Universo Porto da Bancada', com a divulgação de um e-mail com um pedido de 15 bilhetes para a final da Taça de Portugal da época passada.

Num comunicado assinado pelo diretor de comunicação do referido organismo, o Núcleo de Árbitros de Futebol do Ave assumiu que houve efetivamente um pedido de bilhetes para a final da Taça de Portugal, mas aos dois clubes finalistas (Vitória de Guimarães e Benfica) e acrescentou que neste tipo de jogos os emblemas envolvidos não têm direito a convites, e apenas podem vender bilhetes.

No Porto Canal, o painel do programa 'Universo Porto da Bancada' discutiu o pedido de bilhetes do referido organismo de árbitros ao Benfica com base num dos e-mails que têm vindo a público, mas não referiu qualquer pedido de ingressos ao Vitória de Guimarães. O Núcleo de Árbitros de Futebol do Ave fez questão de esclarecer que solicitaram ingressos ao V. Guimarães, que lhes cedeu "15 ao preço unitário de 20 euros", à Associação de Futebol de Braga, que "disponibilizou 8 a 35 euros" e que do Benfica não houve "qualquer resposta".

No referido comunicado, Emanuel Lobo, diretor de comunicação do referido núcleo, recordou ainda "os mais distraídos e mal-intencionados que nas finais da Taça de Portugal os clubes não têm convites para oferecer, mas sim para vender, como foi o caso".

"No nosso núcleo não há 'clubite' podendo cada associado ter a sua simpatia, que é natural para quem gosta de futebol, mas a função de árbitro deve ser exercida com isenção, imparcialidade e competência, objetivo para o qual trabalhamos ao longo dos anos e não com a pretensão de beneficiar qualquer clube no futuro, como maldosamente alguns interpretaram", pode ler-se no comunicado.

"Os associados do Núcleo de Árbitros de Futebol do Ave são pessoas de caráter, valores morais, princípios e idóneas. Infelizmente existem aqueles que não olham a meios para atingir os seus fins, recorrendo à calúnia e à difamação, envolvendo pessoas que sempre pautaram a sua vida desportiva e pessoal de forma honesta e com imparcialidade", refere o Núcleo de Árbitros de Futebol do Ave.

No final do comunicado, o Núcelo de Árbitros do Ave faz ainda questão de frisar que se recusa a ser "instrumentalizado numa guerra que não é sua e da qual não quer fazer parte".