«A questão, neste momento, é que ser amador num espetáculo completamente profissional não oferece condições para fazer mais do que o que fazemos», disse Pedro Proença, frisando que a questão «não é financeira».
Pedro Proença adiantou que os árbitros em Portugal «já ganham bastante bem», mas precisam de uma estrutura profissional para que os seus desempenhos sejam melhores, para que possam desenvolver a sua atividade «de outra maneira».
Cético em relação à possibilidade de a profissionalização ser uma realidade enquanto ainda for árbitro, Proença sublinhou que «muito mais do que a expetativa pessoal», o que interessa é a arbitragem no seu conjunto.
«O que penso é que este passo vai ter que ser irreversível. A questão é saber quando é que vai ser dado», afirmou.
Também o novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, reafirmou a «defesa acérrima» da arbitragem profissional, como condição para uma dedicação «mais intensa» e uma maior competência.
«Não digo que não vão continuar a errar», disse, frisando que, com a profissionalização estarão criadas as condições para «errarem menos».
Fernando Gomes assegurou que «tudo fará» para que as conclusões do grupo que estudou as questões da arbitragem a pedido do Governo, e que apontam «claramente no sentido da profissionalização», sejam concretizadas, para que os árbitros «possam desempenhar melhor o seu papel».
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