A Assembleia-Geral leonina aprovou, ontem, no Pavilhão Multidesportivo, a transferência do Sporting, Comércio e Serviços da esfera de controlo do clube para a SAD. O parecer fio favorável com 74,03 porcento dos 7646 votos escrutinados, o que corresponde a 1028 sócios. Esta proposta foi vetada em duas ocasiões na presidência de Filipe Soares Franco.

O relatório de contas relativo a 2008/09 também passou com carta branca, com 74,92 porcento dos votos a favor, contra apenas 12,77 porcento.
“É o inicio de uma nova era”, frisou o presidente leonino, José Eduardo Bettencourt, acrescentando que “esta solução era necessária para o Sporting continuar a trabalhar com viabilidade”.

“Certo é que me congratulo com a forma civilizada como decorreram os trabalhos, a boa afluência, uma reunião em nossa casa e, obviamente, em nome dos que trabalharam para encontrar esta solução”, disse já no auditório do Estádio José Alvalade.

No entanto, nem tudo foi “um mar de rosas”. Ainda no decorrer da reunião magna, José Eduardo Bettencourt foi vaiado por alguns sócios por não querer revelar as contas consolidadas do clube, tal como queria João Mineiro, elemento das listas de Paulo Cristovão, adversário do actual presidente nas últimas eleições.

“Aprovámos condições para podermos trabalhar numa certa linha, trabalho que só agora pode ser iniciado. Mas gostaríamos que o reflexo daquilo que fizéssemos pudesse trazer resultados a partir da próxima época”, sublinhou.

Questionado sobre a equipa de futebol, que atravessa um período menos positivo, Bettencourt acredita que o futuro será mais risonho: “Acredito que temos capacidade para dar a volta. O futebol são emoções, tem havido apoio e desagrado no final dos jogos”.