O Tribunal do Barreiro aplicou a medida de coação mais gravosa aos quatro arguidos, membros da claque Juventude Leonina, que participaram na invasão em Alcochete e nas agressões a jogadores, técnicos e médicos da equipa principal do Sporting.
O antigo chefe da Juve Leo, Fernando Mendes, ficará em prisão preventiva, bem como 'Aleluia', Nuno Torres e Joaquim Costa.
Nuno Torres o condutor do BMW que conseguiu abandonar a Academia do Sporting depois das agressões com alguns dos invasores, terá a possibilidade de passar para prisão domiciliária, avança o 'Correio da Manhã'. Aliás o seu advogado, Francisco Macedo, já tinha defendido que o seu cliente nada tinha a ver com as agressões e que foi convidado para uma conversa com os jogadores na Academia. Francisco Macedo garantiu ainda que o seu constituinte desconhecia os incidentes que, entretanto, tinham ocorrido no local.
Dos quatro detidos, apenas Joaquim Costa, um dos ocupantes da viatura, não prestou declarações no primeiro interrogatório.
Em comunicado distribuído aos jornalistas, o tribunal justificou a aplicação da medida de coação mais gravosa, devido aos “tipos de crime que lhes são imputados” e por se verificarem perigo de fuga, perturbação do inquérito, “continuação da atividade criminosa, bem como de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas”.
Nesta argumentação, o juiz assentou a decisão ainda na “natureza dos ilícitos em causa e à visibilidade social que a prática dos mesmos implica, considerando, principalmente, o aumento do número e da gravidade dos comportamentos associados ao fenómeno desportivo”.
De acordo com a Procuradoria Distrital de Lisboa (PGDL), os quatro detidos foram constituídos arguidos “por existirem fortes indícios de comparticipação” na invasão e agressões ocorridas na Academia do Sporting, em 15 de maio.
Segundo a mesma fonte, os factos em causa são “suscetíveis de integrar a prática dos crimes de introdução de lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravada, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário e terrorismo”.
No dia 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.
Na altura a GNR deteve 23 dos atacantes, que permanecem em prisão preventiva.
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