![Atletas jovens lições de cidadania](/assets/img/blank.png)
Cerca de 20 atletas do Sporting de Braga, entre os 9 e 14 anos, deixaram hoje o relvado e "fizeram-se ao asfalto" para uma "lição de cidadania" sobre cuidados a ter na estrada ao abrigo do programa "Semear Cidadania".
Estes mini-"guerreiros do Minho" foram os primeiros a participar no programa do clube minhoto, criado porque, explicou o presidente do Braga, António Salvador, a formação de atletas vai muito além da vertente desportista".
Sentados, em fila, tal como no relvado segundos antes do apito do árbitro, 18 "miúdos", um presidente de um clube e um ministro ouviram a "lição" do "mister", não especialista em técnicas de jogo mas em regras de condução.
«Isto não é uma escola comum. É uma Escola de Educação Rodoviária. E qual a razão desta escola? Educar para o civismo. Para andar na estrada é obrigatório ser educado», considerou o "mister".
Em silêncio, ministro, presidente e atletas ouviram táticas de condução: «Não usar o telemóvel ao volante, respeitar os sinais, usar sempre o cinto e não conduzir em excesso de velocidade».
Miguel Macedo é o ministro, da Administração Interna, o homem cuja tutela apresenta, todos os anos, números de acidentes rodoviários, feridos e mortos.
«Só no distrito de Braga em 2011 houve 46 mortos», disse o ministro.
Um reencontro entre mestre e aluno. Miguel Macedo foi aluno do "mister" e «não se tem saído mal».
Mas não só quem vai ao volante tem que ter cuidado. Também aos peões e exigida atenção.
«O maior perigo são as passadeiras. Não é só porque se está a atravessar numa passadeira que deixa de haver perigo. Há até mais perigo porque o peão tende a ficar distraído confiante que está na passadeira», avisou o mister.
«Pois. O carro pode não parar e passa-lhe por cima», concluiu um atleta, atento à tática de jogo.
Da sala de aula saíram também avisos e alertas para os pais. «Se uma criança se magoa porque ia sem cinto a culpa é dos pais, não dela», vaticinou o professor.
Por isso, mandou, «deem na cabeça dos vossos pais sempre que os virem sem cinto, em excesso de velocidade ou a atender o telemóvel».
Da sala para a estrada
João tem 12 anos, no relvado é defesa-central. Agora é condutor de um "veículo" a pedais numa pista de corrida "e não de aceleras".
«É giro andar nisto. Mas também é importante sabermos as regras que temos que seguir para não nos magoarmos. Algumas já sabia outras aprendi e agora não esqueço», prometeu.
Durante o "passeio", um pneu furou. Alguns atletas distraíram-se. Choque em cadeia, curiosos a parar para ver o "acidente".
«Tudo aquilo que não se faz», avisou o professor. «Vá meninos, lembram-se do que vos disse há pouco».
E lembraram-se. Ordeiramente voltaram à pista, carro substituído e "guerreiros do Minho" a pedalar.
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