Augusto Inácio disse hoje que se não acreditasse ser possível ‘salvar’ o Moreirense, 18.º e último classificado da I liga portuguesa em futebol, não aceitaria o convite para treinar o clube e colocou mesmo "a fasquia mais alta".


"Se não acreditasse, não estava aqui. Estou convencido que o Moreirense pode fazer um campeonato, não digo de aflitos, para não descer de divisão, mas um campeonato tranquilo. Pediram-me para não descer, mas ponho a fasquia mais alta. Quero e desejo não esperar pelas últimas jornadas para saber se ficamos na primeira [Liga] ou não. Temos capacidade para alcançar esse objetivo muito mais cedo", disse Inácio na conferência de imprensa de apresentação.

Inácio elogiou o plantel do Moreirense, mas admitiu que este poderá precisar de "um ou outro reajustamento", frisando ter "inteira confiança" de que os jogos serão disputados "com mentalidade ganhadora".


O treinador considerou que o Moreirense fez até aqui "bons jogos e foi infeliz, porque teve muito azar", mas apontou que a equipa tem de ser "mais pragmática, porque a competição obriga a pontos, não obriga só a jogar bem".


O treinador, de 61 anos, regressa ao Moreirense, depois de ter orientado a equipa parte da época 2012/2013.

Nesse ano, chegou a Moreira de Cónegos para substituir Jorge Casquilha, conseguiu 16 pontos em 14 jogos mas não evitou a despromoção do conjunto vimaranense.

O Moreirense é exatamente o último clube que Inácio representou como treinador antes de desempenhar funções na direção do Sporting liderada por Bruno de Carvalho.


Revelando que no ano passado esteve quase a assinar por um clube da I Liga francesa, algo que disse não se ter concretizado por sua vontade, Inácio afirmou hoje que voltar a treinar o Moreirense é uma "coincidência", mas mostrou-se agradecido a uma "gente humilde, que está perto dos jogadores, uma família pequena mas grande na alma, na ambição e no orgulho".


"Estou grato ao Moreirense por me dar essa oportunidade [de voltar a treinar], porque ao fim de três anos sem treinar e um presidente apostar em mim, penso que não é uma aposta de risco, mas se calhar algumas pessoas pensavam que não ia ser treinador quando eu estava no ‘mercado’", referiu.


Questionado sobre se haverá ‘turbilhão’ de emoções quando defrontar os ‘leões’, o novo treinador dos minhotos considerou ser "cedo" para falar nisso, mas como se sente "martelado" com essa questão, quis esclarecer: "Neste momento, o clube que eu mais gosto que ganhe é o Moreirense. Depois, como não podemos lutar pelo título, gostaria, como é lógico, que fosse o Sporting a vencê-lo. Mas primeiro estão os interesses do Moreirense", disse.


Augusto Inácio chega a Moreira de Cónegos para preencher a vaga deixada a 21 de novembro com a saída de Pepa.

O preparador físico Leandro Mendes orientou interinamente a equipa durante a última semana, incluindo uma derrota por 3-0 na Luz, no domingo.

O primeiro jogo oficial dos minhotos com o novo treinador está agendado para quinta-feira, pelas 18:00, no terreno do Feirense, a contar para a terceira fase da Taça da Liga.


A estreia de Inácio em casa acontece no domingo, pelas 16:00, com o Nacional, exatamente o clube que segue com os mesmos pontos dos vimaranenses, também em posição de despromoção, em jogo a contar para a 12.ª jornada da I Liga.


Frisando um "respeito máximo" pelo Feirense, Augusto Inácio admitiu que "a prioridade é domingo", garantindo "ambição máxima" no jogo contra os insulares.

"Para ganhar a confiança dos jogadores é com vitórias", concluiu o treinador, que foi campeão da I Liga pelo Sporting, na época 1999/2000, e da Liga de Honra, na época 2006/2007, pelo Beira-Mar.

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