O Benfica considerou hoje "bizarra" a decisão de o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ter remetido uma denúncia anónima, por alegada utilização irregular de jogadores, para a Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Em comunicado divulgado no sítio oficial do clube na Internet, o Benfica denúncia o facto de este órgão federativo ter remetido «uma denúncia anónima que, supostamente, relata a utilização irregular de jogadores do Benfica no jogo com a Académica de Coimbra, a contar para a Taça da Liga».

«Situação bizarra esta, uma vez que a Conselho de Disciplina da FPF viola com esta atuação os regulamentos que deveria cuidar de fazer respeitar. Denúncias anónimas e sem fundamento devem ter um único tratamento por parte deste órgão disciplinar: lixo», refere o clube, no mesmo comunicado.

De acordo com o número cinco do Artigo 226.º do Regulamento Disciplinar da LPFP, «as participações anónimas ou que não digam respeito a factos concretos, ainda que indicados com pouco rigor ou determinabilidade, serão imediatamente arquivadas sem dar lugar à instauração de processo disciplinar, salvo se em si mesmas constituírem o objeto de uma infração disciplinar».

Em causa está o facto de o CD da FPF ter remetido para a CII uma denúncia, quanto à marcação de dois jogos de duas competições organizadas pela LPFP, casos da vitória dos "encarnados" no terreno do Estoril-Praia por 3-1, em jogo da 13.ª jornada da I Liga disputado em 06 de janeiro de 2013, às 20:15, e a receção à Académica, para a Taça da Liga, que a formação lisboeta venceu por 3-2 e foi jogado a partir das 19:45 de 09 de janeiro de 2013.

Neste caso, a denúncia contestava a marcação de dois jogos num período inferior às 72 horas, sendo que o treinador da equipa "encarnada", Jorge Jesus, utilizou Sálvio, Ola John, Rodrigo, Pablo Aimar e Jardel nos dois encontros .

«Quem tomou tal decisão, parece desconhecer a letra e o espírito do regulamento de competições. Quem fez a denúncia tinha um único objetivo: confundir situações que não são comparáveis. Só se estranha a absurda decisão do CD da FPF», conclui o Benfica.