No cômputo final, as "águias" contribuíram com 124 050 euros para os cofres do organismo que dirige o futebol profissional, os "leões" com 78 425 e os "dragões" um pouco menos com 64 330.

Numa comparação da tipologia das multas verifica-se o facto do Benfica, enquanto clube, ter pago mais do que o conjunto dos seus rivais, enquanto os seus dirigentes foram punidos à volta do triplo de qualquer um dos seus concorrentes.

Em três anos, o comportamento dos dirigentes "encarnados" resultou em coima total de 8550 euros, enquanto os "azuis e brancos" se limitaram a 3250 e os "verde-brancos" a 3000.

Quanto à responsabilidade do clube propriamente dito, o Benfica foi penalizado em 84 850 euros, o Sporting em 40 150 e o FC Porto em 36 655.

No mesmo período, os treinadores do Benfica estiveram em contra-ciclo, pois foram os mais disciplinados: Fernando Santos, José António Camacho, Fernando Chalana e Quique Flores foram, no total, multados em apenas 1550 euros, ao contrário dos 2875 de Jesualdo Ferreira e dos 4775 de Paulo Bento.

Entre as multas dos futebolistas não há tantas discrepâncias, mas releva-se o facto dos sportinguistas serem os mais penalizados com 30 500 euros, pouco mais do que os benfiquistas 29 100, registando-se um pequeno fosso para os portistas com "apenas" 21 550.

Estes valores são traduzidos também no número de jogos de castigo impostos aos atletas, com Benfica (43) e Sporting (42) muito equilibrados, claramente distanciados do FC Porto (25).

Estes números referem-se a factos ocorridos nestas três épocas desportivas e não aos ocorridos anteriormente e entretanto decididos por esta Comissão Disciplinar, como por exemplo o FC Porto e o processo "Apito Final".

A tendência destes três últimos anos está a manter-se na actual época, em que foram cumpridas já 14 das 30 jornadas: o Benfica é o clube da Liga mais multado (16 175 euros), seguido do Sporting com 13 175, enquanto os portistas surgem apenas em oitavo lugar com 6225, menos de metade de cada um dos rivais lisboetas.