O Benfica precisava de vencer para manter a vantagem de seis pontos em relação ao Sporting de Braga e, talvez acusando essa responsabilidade, a equipa de Jorge Jesus entrou algo intermitente no jogo.
Assim, coube precisamente à equipa de Carlos Carvalhal a primeira oportunidade do jogo. Na marcação de um canto, Quim falhou a saída e Carriço, surpreendido, não conseguiu melhor do que atirar pela linha de fundo.
A esgotar o primeiro quarto de hora, Javi Garcia perde uma bola dividida no meio-campo, Liedson dá na direita para João Pereira e este caminho isolado pelo lado direito mas treme na hora do remate e atira ao lado. Ele que tinha dito que “marcar ao Benfica seria uma alegria muito grande”.
O Benfica estava mais encolhido no jogo e só nos lances de bola parada conseguia maior perigo junto da baliza de Rui Patrício, com Javi Garcia a ganhar por duas vezes nas alturas.
Aos 28’ a melhor oportunidade para os encarnados, hipotecada por um corte magistral de Carriço. Di Maria encontro Cardozo no centro da área, picou a bola, o Tacuara matou no peito e quando já se preparava para encher o pé esquerdo Carriço intrometeu-se e com o pé direito tirou o pão da boca ao melhor marcador da Liga.
A primeira parte chegou ao fim com o Benfica em cima da baliza leonina e a toada manteve-se à entrada para o segundo tempo.
Se nos primeiros 45’ a equipa encarnada concedeu algumas veleidades aos leões, nesta segunda metade entrou decidida a resolver uma questão que ameaçava complicar-se e reacender as contas do título.
Já com Aimar a pautar o jogo, foi Carlos Martins a dar o primeiro sinal com um remate de fora da área e que rasou a barra de Rui Patrício. O Benfica carregava no acelerador adivinhavam-se dificuldades para um Sporting remetido ao último terço de terreno.
E o golo acabou mesmo por acontecer. Ruben Amorim abriu uma auto-estrada na direita e cruzou para a área onde encontrou Fábio Coentrão. O lateral esquerdo encarnado colocou no coração da área onde o já lesionado Cardozo encostou para colocar em delírio as bancadas da Luz.
Alguns minutos volvidos e algumas notas artísticas dos jogadores encarnados e Aimar apareceu sozinho na cara de Rui Patrício. Com classe, o argentino tirou o guarda-redes do lance e já com pouco ângulo resolveu a questão.
O 2-0 confirmava que o Benfica não ia ceder a vantagem de seis pontos na liderança do campeonato e até ao fim a equipa de Jorge Jesus apenas teve de gerir o rolar do cronómetro.
Nota final para a importância de Aimar na nova face do Benfica na segunda parte e para a subida de rendimento de Di Maria, que deixou Abel às aranhas.
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