Sempre intenso, o jogo que colocou o Benfica na liderança do campeonato começou com as duas equipas a estudarem-se e o Benfica a mostrar, uma vez mais, a sua eficácia atacante.
Na primeira tentativa de que dispuseram, os encarnados colocaram-se em vantagem com um golo de Óscar Cardozo.
Aimar abriu na esquerda para Fábio Coentrão – que substituiu César Peixoto, lesionado durante o aquecimento – e o esquerdino centrou milimetricamente para Cardozo, que só teve de encostar.
O Benfica até podia ter aumentado logo de seguida, com Di Maria a aparecer sozinho frente a Bracali, mas foi o Nacional que chegou ao empate.
Num lance em que Edgar Costa parte de posição irregular, a defesa do Benfica fica a protestar e o avançado, perante a saída de Quim, remata para o poste mais distante.
O Benfica reagiu de imediato e começou a procurar o segundo, que até podia ter chegado por intermédio de Ramires, que num remate forte possibilitou mais uma grande defesa a Bracali.
O Benfica encostava o Nacional ao seu reduto mais defensivo e haveria mesmo de chegar ao intervalo em vantagem.
Em mais uma assistência de Fábio Coentrão, Saviola aparece na área a desviar de cabeça e devolveu a alegria às bancadas da Luz, fazendo o 2-1.
O intervalo chegou com alguma confusão no acesso ao famoso túnel da Luz e o Benfica em vantagem.
Na segunda parte o jogo só teve um sentido e uma velocidade: a imposta pelo Benfica, que logo aos 48 aumentou para 3-1. Aimar é derrubado na área e Cardozo voltou a facturar na conversão da grande penalidade, fazendo o seu 10º golo neste campeonato.
Como já parece ser hábito, o Benfica não abrandou o ritmo e o Nacional nunca pareceu ter forças para contrariar os encarnados, que dispuseram de várias ocasiões e chegaram ao 4-1, uma vez mais, por intermédio do argentino Javier Saviola, a concluir de forma exemplar mais um rapídissimo contra-ataque do Benfica, quando estavam decorridos 63 minutos.
O jogo entrou então numa fase mais ‘morna’, com o Benfica a controlar e o Nacional a dispôr de mais bola mas não se livrando de alguns ‘olés’ quando os encarnados decidiam fazer posse de bola.
Este Benfica parece talhado para os grandes resultados e perante um Nacional já sem forças e a acusar o desgaste provocado pela Liga Europa, Nuno Gomes – que tinha entrado para o lugar de Carlos Martins, que também já substituíra Aimar – ainda foi a tempo de entrar na ficha de golos, ao fazer o 5-1.
O jogo só acaba quando o árbitro apita e o Benfica parece encarar essa máxima à risca. Na conversão de mais um pénalti, Cardozo selou o hat-trick e o 11.º golo no campeonato e carimbou mais uma goleada no dia em que o Estádio da Luz comemorou o seu sexto aniversário.
Com esta vitória, o Benfica alcançou o Sp. Braga na liderança do campeonato, ocupando agora a primeira posição devido à maior diferença entre golos marcados e sofridos.
Os bracarenses serão precisamente o próximo opositor do clube da Luz, num jogo que deverá ser electrizante e que marcará também o regresso de Jorge Jesus à cidade dos arcebispos.
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