O Benfica somou a quinta vitória consecutiva na Primeira Liga, ao vencer em Portimão o Portimonense por 3-1, na 6.ª ronda da prova. Os encarnados dominaram no primeiro tempo mas permitiram uma reação dos algarvios, que quase empatavam numa grande penalidade que Trubin defendeu.
Petar Musa, Bah e David Neres marcaram os campeões nacionais, Hélio Varela fez o tento do Portimonense.
O Benfica volta às vitórias após a derrota em casa a meio da semana para a Liga dos Campeões e vai agora moralizado defrontar o FC Porto, jogo da 7.ª jornada da prova marcado para a próxima sexta-feira.
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Mexidas para a melhor 1.ª parte da época
Em campo duas equipas distintas a nível mental: o Portimonense vinha da sua primeira vitória no campeonato, em casa do Vitória de Guimarães, já o Benfica tinha perdido em casa com o Salzburgo, na primeira ronda da Liga dos Campeões, nesta que foi a segunda derrota da época (já tinha perdido na ronda inaugural da Liga com o Boavista).
Em relação ao jogo com os austríacos, Schmidt deixou João Neves e António Silva no banco e lançou David Neres e Morato no onze, tal como Florentino Luís. Di Maria teve um problema físico e ficou fora do encontro.
A primeira parte foi uma das melhores dos campeões nacionais esta temporada, muito por culpa também do Portimonense, que raramente conseguiu fazer três passes seguidos.
Aos cinco minutos, a bola foi de Neres numa esquerda para João Mário no meio, que deixou em Alexander Bah na direita. O lateral dinamarquês recebeu e disparou um 'Bah-lázio' para o 1-0. Vinícius, guarda-redes do Portimonense, nada podia fazer.
O Portimonense defendia com uma linha de cinco defesas e ainda três médios, mas o Benfica entrava na área com muita facilidade. Aos oito minutos, valeu Vinícius a negar o 2-0 a Davi Neres, com os pés. Mas aos 17 nada podia fazer. Neres desceu na esquerda com muito espaço após passe de Kokçu, meteu na área para Petar Musa encostar para o 2-0, com muita à-vontade.
As sucessivas perdas de bola do Portimonense deixavam a defensiva algarvia em sobressalto. Kokçu lançou Rafa aos 32 minutos, o extremo passou pelo guarda-redes, perdeu tempo de remate e tempo para assistir um colega. Aos 37, jogada idêntica, com o mesmo desfecho: passe do médio turco para o internacional português que, isolado perante Vinícius, permitiu a defesa do guardião brasileiro que ocupou o posto do japonês Nakamura.
Depois das ameaças de Jasper e Hélio Varela, o Portimonense apareceu a nível ofensivo apenas aos 38 minutos, num lance que mereceu a atenção de Trubin.
Schmidt poupa, Portimonense cresce e Benfica treme
As facilidades eram tantas que Roger Schmidt aproveitou o intervalo para fazer três mexidas na equipa, já a pensar no duelo com o FC Porto na próxima sexta-feira. Arthur Cabral, Jurasek e João Neves entraram nos lugares de Bah, Kokçu e Petar Musa.
O Benfica passou a gerir mais o jogo, embora sempre com a baliza na mira. Mas já não tinha as facilidades da primeira parte.
Por seu lado, o Portimonense cresceu e foi de contra-ataque que reduziu, aos 57 minutos. Jasper ganhou a bola à entrada da sua área, furou por entre vários jogadores do Benfica em velocidade e lançou Hélio Varela na esquerda, Florentino não teve pernas para travar a rapidez o jogador algarvio que correu sozinho, entrou na área e disparou de pé esquerdo junto ao poste mais distante. Muito espaço para o veloz extremo do Portimonense marcar.
Dois minutos depois quase o empate, agora com Jasper a receber de Hélio Varela e disparar contra Morato. O árbitro deu canto mas, alertado pelo VAR, foi rever a jogada e marcou grande penalidade, porque a bola bateu no braço do central encarnado. Chamado a marcar, Rildo (entrou ainda no 1.º tempo no lugar do lesionado Paulo Estrela) atirou denunciado e fraco e permitiu a defesa de Trubin. Grande oportunidade desperdiçada, aos 61.
Num jogo que estava completamente controlado pelo Benfica, o Portimonense quase empatava.
Aproveitou o Benfica para matar o jogo, aos 66. Lance de contra-ataque dos encarnados conduzido por Rafa pelo meio, a soltar na hora certa para David Neres na esquerda. O brasileiro ajeitou com um toque e disparou de seguida, fazendo 3-1. Vinícius ainda tocou na bola mas esta acabou no fundo das redes. Nova festa dos adeptos do Benfica, que estavam nitidamente em maioria entre os 4354 espetadores no Municipal de Portimão.
Até ao final, destaque para mais três perdidas do Benfica: uma de João Mário aos 73, a falhar à boca da baliza. E duas de Arthur Cabral: o primeiro, aos 77 minutos, num remate que ainda foi desviado num defensor, no segundo aos 83 minutos, após jogada com David Neres. O avançado perdeu tempo e foi desarmado.
O Portimonense vê interrompida uma série de três jogos sem perder e está na zona de descida, no 16.º lugar, com cinco pontos.
O Benfica somou o 5.º triunfo seguido na Primeira Liga em seis jogos, o que lhe permite ser segundo com 15 pontos, menos um do que o líder FC Porto e mais dois do que Boavista e Sporting, que ainda não jogaram nesta ronda.
Os encarnados voltam assim aos triunfos, após a derrota a meio da semana com o Salzburgo para a Champions.
Um bom ensaio antes do clássico com o FC Porto na Luz, na próxima sexta-feira para a 7.ª jornada da Primeira Liga.
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