O Benfica começa a preparar-se para uma possível quebra de receitas dos contratos de patrocinio, depois dos dois principais patrocinadores das 'águias' terem recorrido a ajuda financeira para lidar com a pandemia da COVID-19.

De acordo com o diário desportivo 'Record', os 'encarnados' têm tido conversas informais com a Adidas e a Emirates, para analisar uma possível quebra ou uma renegociação no prazo de pagamento das tranches dos respetivos contratos que ligam as marcas ao clube da Luz.

A Adidas teve de recorrer à ajuda do governo alemão - uma ajuda de 2,4 mil milhões de euros - para suportar as quebras de 60% nas vendas, bem como a um financiamento de 600 milhões de euros de um consórcio de sete bancos.

A marca alemã falhou já com o primeiro pagamento de 2020 ao Flamengo, um valor que rondava os 1,6 milhões de euros (8,6 milhões de reais).

Por outro lado, a companhia aérea Emirates, patrocinadora principal do clube, recorreu a uma injeção de capital no mês passado para fazer face a pandemia que obrigou a companhia a suspender a sua operação de viagens de passageiros.

Só a Emirates, entre 2015 e 2018 (no em que o acordo entre as 'águias' a companhia aérea foi renovado), fez entrar nos cofres encarnados 18,5 milhões de euros.

Mas não é só os patrocínios que fazem o Benfica preparar-se para quebras financeiras: de acordo com o matutino as 'águias' prevêem ainda uma forte quebra nas receitas da quotas bem como no número de 'red pass' (lugares anuais) vendidos, fruto dos 'lay-off' e do desemprego provocado pela COVID-19.