O Benfica reforçou esta segunda-feira, na newsletter News Benfica, publicada no seu site oficial, o pedido feito domingo à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga Portugal para a nomeação de árbitros estrangeiros para os seus jogos e para os jogos do FC Porto até ao final da presente época.
As 'águias' explicam o porquê do pedido, justificando-o pela existência de "um clima de coação e ameaça sobre os árbitros portugueses e suas famílias que está em crescendo".
A turma encarnada fala de um momento "particularmente perigoso" no futebol português, situação que a leva a avançar para tal pedido. "É em nome da defesa da integridade dos árbitros e das suas famílias que apelamos a uma reflexão séria da nossa proposta, inclusive prevista nos regulamentos desde 2016.O resto é fingir que nada se passa e fingir que o que se passou é normal", pode ler-se na mesma publicação.
O Benfica enumera depois algumas situações que considera serem mais preocupantes. "Aquela imagem de insufláveis gigantes, não só do Benfica, mas sobretudo do árbitro, pendurados no viaduto, diz tudo e expressa bem a hipocrisia de quem depois fala em ofensas a árbitros portugueses", escrevem as 'águias'. "Ao longo desta semana, num espetáculo indigno que se repete há vários anos, vimos sucessivas declarações de responsáveis do FC Porto a condicionarem e a ameaçarem as equipas de arbitragem e em especial a que fosse ao seu estádio. Vimos diversas Casas do Benfica a serem vandalizadas em diversas localidades apenas porque nessa semana havia um FC Porto-Benfica", lembram os 'encarnados'.
Mas há ainda mais factos sublinhados pelo Benfica. "Vimos adeptos de um clube que pacificamente foram festejar a chegada da sua equipa, serem atacados por uma espécie de gangues ou milícias organizadas que previamente usaram as redes sociais para ameaçarem a integridade física desses mesmos adeptos. Vimos ser lançado, durante a madrugada, fogo de artifício junto do hotel da equipa do Benfica como forma de prejudicar o normal descanso dos jogadores, numa prática tradicional de uma espécie de boas-vindas à sua imaginária 'Sicília'", frisa o clube da Luz.
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