Jan-Niklas Beste esteve apenas seis meses ao serviço do Benfica. Contratado no verão de 2024, o ala alemão voltou ao seu país natal em janeiro, assinando pelo Friburgo. Em entrevista ao jornal Bild, falou dessa passagem pela Luz e admitiu que um dos motivos que levou ao seu insucesso nas águias foi o despedimento de Roger Schmidt.

"Portugal é um ótimo país, Lisboa é uma ótima cidade e o clima é sempre ótimo. Quando mudei de clube, pensei que ficaria lá pelos próximos cinco anos. Mas eu simplesmente não me sentia confortável. Eu queria voltar para a Alemanha. O meu plano original era esperar até o verão. Nunca imaginei que o regresso seria possível no inverno. Quando surgiu a oportunidade, fiquei extremamente feliz", começou dizer.

Beste confessa que só ficou a sair da saída do compatriota do comando técnico dos encarnados pela imprensa. "Às vezes acontecem coisas que não consegues prever...Foi Roger Schmidt quem me quis contratar. Fiquei a saber da sua demissão pela comunicação social", prosseguiu.

"Tivemos um jogo fora de casa e empatámos. Um dia depois tivemos treino normal. Quando cheguei em casa, nessa noite, li na internet que não tínhamos mais treinador. Nunca tinha vivido nada assim antes. Não pensei que isso acontecesse de forma tão rápida. Mandei-lhe uma mensagem breve. Ele disse que lamentava o facto de ter acabado tão depressa", recordou Beste.

Outro aspeto que falhou, segundo Beste, foi a comunicação com os colegas, dada a barreira linguística E dá o exemplo de Ángel Di María, apesar de tecer elogios ao argentino.

"Di María tem uma qualidade incrível, o que ficou evidente em todos os treinos. E fora do campo ele também era totalmente relaxado e tranquilo. O problema era que eu não conseguia falar com ele. Foi relativamente difícil com o idioma. Ele não falava inglês corretamente. Mas, de alguma forma, conseguíamos comunicar", lamenta.