O Benfica chegou a Guimarães com apenas um intuito: vencer para garantir desde logo a conquista do bicampeonato. O empate não estava nas contas de Jorge Jesus e dos muitos adeptos que se encontravam no D. Afonso Henriques. Contudo, o empate não iria estragar a ambição dos encarnados para a última jornada.

350 Quilómetros abaixo, em Belém, o FC Porto entrou na segunda parte a vencer por 1-0. Mas ao minuto 84, no Restelo, tudo mudou. Um golo do Belenenses que se fez ouvir nas bancadas do Estádio D. Afonso Henriques.

Até esse momento os adeptos encarnados estavam muito apreensivos - até porque jogavam numa casa que impõe respeito – mas uma onda se levantou no topo norte das bancadas. Isto porque o resultado semelhante no encontro do FC Porto, segundo classificado, ditava a conquista do Benfica. E assim foi.

Antes do apito inicial, em Guimarães, assistiu-se a momentos de escaramuças e violência nas imediações do palco do jogo, entre adeptos e polícia e adeptos. Essa pressão foi transportado para dentro das quatro linhas.

O Benfica começou por sufocar o Vitória de Guimarães: Jonas enviou uma bola à barra logo aos dois minutos; Lima tentou um chapéu bonito mas a bola foi ter junto do público; Maxi Pereira rematou novamente aos ferros; Jonas voltou a falhar de forma incrível... A primeira parte teve de tudo, menos golos.

No segundo tempo, o Vitória de Guimarães mostrou o porquê de estar na quinta posição e de nunca um grande ter vencido no Minho esta época. A formação de Rui Vitória soltou-se e o Benfica encolheu, mas só um pouco.

Os encarnados souberam aguentar o nulo, mas o momento do golo do Belenenses aliviou a tensão vivida. Um golo que veio curiosamente de Lisboa, a cidade do Benfica.

Com o apito final, e confirmação do título de campeão, os jogadores festejaram ao lado dos seus adeptos.

Já o Vitória de Guimarães queixou-se do rasto de entusiasmo benfiquista, que terminou em destruição, roubo e vandalismo no Estádio D. Afonso Henriques.