O treinador do Boavista disse hoje querer ganhar em Paços de Ferreira, na sexta-feira, na 15.ª jornada da I Liga de futebol, desde logo porque a equipa já não ganha fora há dois jogos.
"Já não ganhamos fora há dois jogos e temos de ganhar fora", resumiu Jorge Simão na antevisão desse jogo com os pacenses.
O técnico começou a sua intervenção sublinhando que o "seu" Boavista pretende manter-se fiel à sua "identidade" jogando em casa ou em terreno alheio e que os treinos não mudam em função desta circunstância.
"Queremos ganhar, mas utilizando um tipo de comportamento ou reforçando uma identidade que seja claramente indissociável do facto de jogar em casa ou jogar em casa e que não vacila consoante o resultado do último jogo", explicou.
Jorge Simão observou depois que, sob o seu comando técnico, o Boavista efetuou quatro jogos fora de casa e venceu um (Estoril), perdeu outro (Tondela) e empatou dois (Vitória de Setúbal e Desportivo de Chaves), o que disse ser "uma boa marca".
"Já não ganhamos fora há dois jogos e temos de ganhar fora", assinalou logo a seguir, acrescentando que "somar três pontos é sempre importante, mas não acresce importância somar três pontos" pelo facto de o Boavista não ter vencido o último jogo.
Sobre o Paços de Ferreira, Jorge Simão afirmou que "já houve jogadores pacenses que falaram num aumento de agressividade e de intensidade com a chegada do [treinador] Petit".
"Mas este Paços também está a procurar outras coisas no jogo, que não seja simplesmente a agressividade nos duelos ou a luta. Um jogador que tem sido influente naquela equipa, o Welthon, ao que julgo saber, não vai jogar e o Luís Filipe, porque foi expulso, também não vai jogar", antecipou.
Jorge Simão disse ainda esperar que Petit aposte em Bruno Moreira para o ataque e insistiu que "aquela equipa não é só luta, agressividade e duelos".
O treinador axadrezado acredita que o Boavista pode ganhar em Paços de Ferreira se jogar "com o mesmo rigor e a mesma identidade" com que o fez frente ao Sporting, na ronda anterior, encontro esse que os "leões" venceram por 1-3.
De seguida, comentou ainda o facto de ter dois pontas de lança de raiz disponíveis, Leonardo Ruiz e Rui Pedro, e preferir Rochinha para o lugar, explicando que este jogador "faz coisas que mais nenhum jogador faz" na mesma posição.
"As coisas podem funcionar muito bem com o Rochinha a fazer aquele tipo de funções. Com Rui Pedro e Leonardo Ruiz, as coisas também funcionam, mas de uma forma diferente, mas a grande questão é, jogando desta forma, de que forma procuramos o golo", explicou.
Para Jorge Simão, Rochinha distingue-se daqueles pontas de lança por ser "muito mais agressivo em condução de bola e fortíssimo no um contra um, tem uma boa capacidade de finalização, apesar de altura dele (1,72 metros) e é forte a cabecear".
"Obviamente, não vai ganhar duelos com centrais de 1,90 metros, mas pode chegar primeiro e ele cabeceia muto bem", prosseguiu.
Além disso, segundo Jorge Simão, Rochinha "é um jogador com um centro de gravidade mais baixo, o que lhe permite ter muito maior agilidade, ser muito mais rotativo e capaz de se movimentar em espaços curtos" do que Rui Pedro e Leonardo Ruiz.
"Isto são características que não há nenhum outro jogador do Boavista", destacou.
O Paços de Ferreira, 14.º classificado, com 13 pontos, recebe sexta-feira, às 20:30, o Boavista, 9.º, com 17, em jogo que dá início à 15.ª jornada I Liga portuguesa de futebol.
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