O Sporting manifestou na altura própria apoio às candidaturas de Pedro Proença à presidência da Liga e de José Fontelas Gomes à presidência do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), razão pela qual Bruno de Carvalho foi questionado sobre a razão de o Sporting dizer que tudo continua mal no futebol português.
“O que está em causa é o modelo, não as pessoas. A Liga devia concentrar-se na gestão do negócio futebol e nas competições, não devia ter comissões de instruções de inquéritos. A FPF no futebol amador. A justiça, a arbitragem e a disciplina deviam ser independentes”, explicou Bruno de Carvalho, defendendo o modelo inglês, que evita que liga e respetiva federação local tenham necessidade de criar alianças e ter os clubes ao seu lado quando precisam de votos.
De resto, o presidente 'leonino' nega que tenha apoiado a candidatura de José Fontelas Gomes à presidência do CA da FPF: “O que aconteceu foi que nos revimos no programa eleitoral apresentado pelo CA. Aliás, o Sporting trabalhou com a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) quando o presidente era José Fontelas Gomes, com quem partilhámos muitas ideias e a visão para o setor.”
Além de criticar o modelo de organização do futebol português, Bruno de Carvalho denunciou a existência de “'pessoas mais papistas do que o papa' e de censura, com a diferença que mudou apenas a cor do lápis, que deixou de ser azul para passar a ser vermelho”.
Ainda a propósito do denominado 'sistema', o presidente dos ‘leões’ fez uma autocrítica ao seu clube, que qualificou como autofágico, permitindo que os rivais crescessem a ponto de ficarem a uma distância perigosamente fatal, e considerou que o Sporting, apesar de estar a dez pontos do primeiro lugar, continua a ser o alvo a abater.
Depois de ter sido eleito com a maior votação e o maior número de votos de sempre da história do clube, Bruno de Carvalho considera que este “não está dividido, mas antes coeso e forte”, razão pela qual, segundo ele, este ataque contra si, decorrente do castigo que lhe foi aplicado, “pretende atingir o Sporting”.
Castigo esse que decorreu de afirmações que fez acerca do anterior presidente do conselho de arbitragem, Vítor Pereira, o que levou Bruno de Carvalho a afirmar que se tratou de uma benesse e que significa que algo vai acontecer. “Nada foi feito de forma inocente. Estejamos atentos aos próximos capítulos da novela. Veremos se Vítor Pereira vai reaparecer ou não. Vamos ver se irá ou reaparecer?”, disse Bruno de Carvalho em declarações à TVI24.
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