O presidente do Sporting quebrou esta terça-feira o silêncio em entrevista ao canal de televisão do clube de Alvalade para comentar vários temas relacionados com o emblema leonino, nomeadamente os vários castigos que está a cumprir.

Em entrevista à Sporting TV, Bruno de Carvalho começou por frisar que há uma urgência em informar os adeptos de futebol em Portugal e criticou o papel dos meios de comunicação na imposição de uma 'massificação da estupidez'.

"A minha passagem pelo futebol quero que seja marcante. Mas quero que seja marcante para outras coisas. Felizmente tivemos a luta contra os fundos e vencemos, o vídeo-árbitro já está implementado, mas infelizmente os erros têm sido recorrentes, e sempre para o mesmo clube. Tenho pena porque os árbitros até tem mostrado a sua utilidade neste assunto", começou por dizer Bruno de Carvalho.

Questionado sobre a possibilidade de poder ver o seu castigo agravado com a entrevista à Sporting TV, Bruno de Carvalho invocou a liberdade de expressão e atacou os órgãos de comunicação social que promovem 'a massificação da estupidez'.

"Eu vou ser claro. Já disse claramente que é um direito que tenho e que é a liberdade de poder falar, e tenho um direito que os associados do Sporting me deram que é o direito de representar o Sporting Clube de Portugal, e ninguém me vai tirar esse direito. A comunicação social está a fazer um papel como um regime de ditadura, ou seja a massificação da estupidez. Ou seja, apostam em entreter o povo, a estupidificar o povo, para que eles não saibam mais", atirou o líder leonino para depois criticar os comentadores de futebol, nomeadamente Pedro Madeira Rodrigues, antigo candidato à presidência do clube.

"A nível de comentadores por metro quadrado, Portugal merecia melhor. Porque vão procurar as melhores pessoas que praticam a massificação da estupidez. Por exemplo, há um programa que tem como representante do Sporting o Pedro Madeira Rodrigues, mas ele representa quem? Não acredito que esta entrevista dê qualquer castigo. Não fui eu que escrevi estes documentos, são os documentos escritos pela Federação, se ficarem ofendidos, fiquem com quem os escreveu", frisou Bruno de Carvalho.

"Então vamos ver algumas situações aqui. Hoje faço lembrar alguém que não faço estima nenhuma. Para que as pessoas percebam, este foi o artigo que eu fiz. Vejam o que a Bola destacou 'Os árbitros merecem melhor'. Este era um artigo que era mesmo o que eu queria dizer. Não nos podemos esquecer porque é público que, lá está, com a massificação de estupidez. É público que eu tenho um trabalho de anos com a APAF, isso foi muito noticiado esse trabalho", frisou Bruno de Carvalho.

"Ao longo dos anos fui aprendendo muito, colhendo muita afirmação. E naquilo que virem no programa eleitoral do Conselho de Arbitragem, 99% eram propostas minhas porque aprendi muito", acrescentou Bruno de Carvalho.

"Eles dizem coisas do género 'o jogo não se joga fora das quatro linhas', agora se temos vários conselhos, é óbvio que os jogos não se jogam só dentro das quatro linhas. Eu volto a dizer que os jogos não se jogam só dentro das quatro linhas. Depois as coisas como as pressões aos árbitros já mete nojo. É aquilo que eu digo no artigo, sobre o trabalho da APAF. Vamos lá ver as coisas, as classificações dos árbitros, os relatórios são públicos, os observadores vão deixar de existir. Então os árbitros não merecem melhor? Tanto merecem que estão a ter. E isto fazia sentido para todos, excepto para o senhor Vítor Pereira", afirmou o líder leonino.

"O que é que estas pessoas conseguiram fazer de forma brilhante. Dizer que eu sobre dar a minha opinião sobre Vítor Pereira é estar a dizer mal de todos os árbitros. Então quer dizer que se falar mal de Marcelo Rebelo de Sousa, estou a dizer mal dos portugueses todos.

"Não se esqueçam do seguinte, eu fiz um trabalho muito profundo com a APAF, isto tinha a ver com arbitragem. Se eu falo na altura da defesa que este texto e as minhas afirmações derivaram de conversas com altos elementos de arbitragem e vem o José Gomes como testemunha. Sabe o que o conselho de disciplina achou? Que era irrelevante falar com José Gomes. Eu ataquei os árbitros, segundo dizem, e acham irrelevante ouvir o líder da APAF? Não é estranho que o Vítor Pereira não me tenha posto processo nenhum? Levo um castigo por ter sido o único a defender os árbitros? Levo um castigo por ter sido o único a defender os árbitros?", questionou o líder leonino.

"Tudo o que disse no artigo está tudo mudado na arbitragem. O conselho de disciplina tem de perceber que estes castigos vão ter consequências. Eu vou colocar os meus advogados em termos de justiça cível e criminal por achar que é uma atuação do Meirim que me parece muito parcial ao que a minha pessoa diz respeito", afirmou Bruno de Carvalho.

"É nestes casos que se vai denegrindo as pessoas. As pessoas já não sabem porque é que estou castigado. Eu digo isto aos meus amigos. Eu tenho uma licenciatura de cinco anos e um mestrado e eu sinto que nem à primeira classe fui. Sinceramente, estas pessoas vão ter de perceber que o mundo de futebol não é um subsistema à parte e eu tenho direito. E as pessoas vão ter de explicar no sítio certo, o professor Meirim vai ter de explicar no sítio certo as decisões que tem tomado", sentenciou Bruno de Carvalho sobre o assunto.

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