O programa 'Sexta às 9' da RTP, divulgou o interrogatório judicial a Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting. Na investigação ao ataque à Academia do Sporting, em que os jogadores, treinadores e equipa médica foram agredidos por cerca de 50 adeptos da claque Juventude Leonina, Bruno de Carvalho contou a sua versão dos factos, culpando Jorge Jesus e os jornalistas pelo ataque.
"O portão [da Academia] não é fechado porque os senhores jornalistas pediram ao senhor, 'por amor de Deus', para não fechar para poderem entrarem. Moral da história: quando o senhor queria fechar, já não dava. (...)", contou Bruno de Carvalho, sublinhando que algumas medidas de segurança foram tomadas sem a sua autorização.
"Houve duas medidas de segurança desativadas no início da época sem minha autorização e da Comissão Executiva, as duas portas de vidro em que tínhamos de passar um cartão. A pedido de Jorge Jesus, não retiraram o aparelho mas desconectaram-no. Se reagi? Só me apercebi quando isto aconteceu, pois normalmente era o meu motorista que saía e me abria a porta do carro", contou ao Procurador do Ministério Público
No mesmo interrogatório, divulgado pela RTP, Bruno de Carvalho criticou os capitães Rui Patrício e William Carvalho e ainda Jorge Jesus, a quem acusa de terem jantares com a Juventude Leonina.
"Para mim foi a destruição da minha vida. Partir a cabeça ao goleador do Sporting... Rui Patrício e William Carvalho queriam sair há muito. Tinham almoços e jantares com a Juventude Leonina há muito tempo. Não eram nenhum santos. O próprio Jorge Jesus quis ir jantar com a Juventude Leonina. Tirando a festa de Natal ou aniversário das claques não jantei com claque nenhuma. A única vez que a claque entrou dentro da Academia foi Jorge Jesus que deixou entrar. Disse que não: 'Jorge, aqui não manda nada'", explicou Bruno de Carvalho.
No interrogatório, o antigo líder leonino duvida que Jesus tenha sido agredido, como contou o treinador.
"Diz-se que o Jorge Jesus levou uma vergastada, mas eu estive dentro do balneário dos treinadores e deve ter sido muito levezinha então. Não vi Jorge Jesus com mazela nenhuma. Diz que recebeu uma tocha no peito, mas nem um furo tinha na camisola", afirmou BdC.
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