O ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho concedeu uma entrevista à SIC onde relembrou os últimos momentos na presidência do Sporting.

O antigo dirigente leonino falou sobre o ataque à Academia de Alcochete e refere-se ao mesmo como um "disparate total" e a "um crime hediondo", repudiando também as críticas de que foram alvo.

"A minha segunda pele é o Sporting. Cheguei a Alcochete, vejo um disparate total, um crime hediondo, mas vejo mais coisas... E isso as pessoas não quiseram compreender, quando me apontaram que eu disse 'é chato'. Sofri porque atacaram a minha casa. A Academia também era minha casa, como presidente do Sporting. Costumo dizer que os jogadores são meus filhos, e bateram nos meus filhos. Tive que ouvir, desde a identidade máxima do poder político, até secretários de Estado, quase a culpar-me durante a noite toda. Não perdoo isso", afirmou.

"O Facebook foi muitas vezes utilizado por mim para criar a tal teoria do maluco [lembra o que lhe ensinou o tio-avô, Pinheiro de Azevedo, quando lhe disse que primeiro é preciso criar a ideia de maluco e depois alimentá-la]. O presidente do Sporting fala entre pares. Resultou a nível de trabalho, porque eu sou bom leitor de emoções quando estou numa negociação; mas, sinceramente, o Facebook utilizava-o, mas percebi que se profissionalmente correu às mil maravilhas, para mim, como homem, matava-me, era péssimo", disse.

Bruno de Carvalho criticou ainda os seus antigos "colegas de administração" por falta de cooperação durante o nascimento da sua filha, Diana, algo que, reconhece, foi "muito difícil" de aceitar.

"Por algum motivo, quando houve aquela Assembleia Geral, cinco elementos do meu Conselho Diretivo resolveram apresentar-se a eleições. Para mim, isso é de uma deslealdade total. Nem conseguiram falar comigo cara a cara", atirou.

O antigo dirigente leonino terminou ainda a entrevista a Júlia Pinheiro com um pedido: "Foram cinco anos e meio de muito orgulho. Gostava muito que os sportinguistas fossem, no mínimo, justos e gratos por um trabalho que fiz."