Jaime Marta Soares, disse hoje que ficou agendada uma Assembleia-Geral de destituição dos órgãos sociais do clube para 23 de junho. À saída da reunião, Bruno de Carvalho reagiu a esta decisão

"Hoje é um dos dias mais tristes que vivi no Sporting. Cada derrota, cada não conquista... E quem me conhece bem sabe que são marcantes para mim, mas hoje realmente, acumulado com a reunião de dia 21, é o momento institucional mais triste da minha vida e falo por todos. Pedimos várias vezes, dando todos os argumentos à mesa da AG do clube. Explicamos o que é do conhecimento público, que isto colocará em causa o EO que seria realizado até ao final do próximo mês. Esta MAG e CF, que eu não quero com isto dividir o Sporting, apenas lhes dizer a verdade sobre estas duas reuniões. Não fora minimamente sensíveis aos interesses do Sporting e da SAD; não foram sensíveis aos interesses dos acionistas e obrigacionistas, que deram voto de confiança a esta direção quando aprovaram a dilatação do prazo do EO que vencia agora no dia 25. Deitaram abaixo todo o trabalho que fizemos com os bancos e CMVM. Esta necessidade de atrasar o EO e fazer outro tinha a ver com questões de tesouraria e foi explicado ao pormenor. A MAG e o CF... nada os podia demover, nada os podia demover”, explicou.

"Esta necessidade de atrasar o EO e fazer outro tinha a ver com questões de tesouraria e foi explicado ao pormenor. A MAG e o CF... nada os podia demover, nada os podia demover. Isto põe em causa a preparação da época, venda e compra de jogadores, põe em causa o colocar a escrito a nova reestruturação financeira... e isto por nada. Esta direção tentou de tudo. Pedimos para nos darem as razões para nos demitir. Foi-nos dito que não queriam entrar em discussões e nós garantimos que não discutíamos nada. Palavras vagas, no meu entender irresponsáveis. Toda a gente sabe. Não é assim que se lida com assuntos de máxima gravidade, com a queda de uma direção. Mostrámo-nos disponíveis para discutir e até fizemos uma proposta. A que nos foi proposta foi a seguinte: mantermo-nos em funções 60 dias, eram marcadas eleições daqui a 60 dias e depois dávamos as palavras aos sócios. Foi-lhes explicado que estava pedido por nós uma AG de auscultação aos sócios, o maior património do Sporting, e esta direção tem esse pedido formal. Iríamos aí discutir tudo sem colocar em causa o início da época e a reesturutação financeira. Fizemos então nova proposta: se era por 60 dias que nos dissessem se queriam 5, 10 dias, para terem acesso a tudo do clube e SAD, falarem com quem quisessem, e depois no final desse período se houvesse indício se algo, que nos sentaríamos, porque somos honrados. Colocou-se tudo em causa por um capricho", acrescentou.

Após uma reunião entre os órgãos demissionários, Mesa da Assembleia-Geral e Conselho Fiscal, com o Conselho Diretivo, que durou cerca de três horas, ficou decidido marcar uma Assembleia-Geral para destituição dos órgãos sociais do clube para 23 de junho próximo.