Bruno Lage analisou o empate frente ao Moreirense numa conferência de imprensa que contou com a presença de Luís Filipe Vieira e Rui Costa.
"Não olho para trás. o jogo ficou fechado, temos 11 jogos e temos que os conquistar. O futuro é o próximo jogo. Não vale a pena estar a pensar no que quer que seja. O Ricardo Soares fez uma análise correta, ao dizer que o Benfica criou muitas oportunidades. Perdemos a liderança e temos que urgentemente voltar às vitórias."
Sete jogos sem conhecer a vitória, o que é que se passa?
"Os problemas são em funções dos jogos, o espaço que podemos oferecer, há algum espaço que vamos oferecendo. Isso é responsabilidade do treinador. Não estamos a conseguir e o adversário está a explorar esse espaço."
Penalti falhado e golo anulado condicionaram?
"Não comento esses lances. Não comento arbitragens, o momento são todos os momentos em que não conseguimos fazer golo. A equipa vem de uma série que não é favorável. Marcando o golo e ficando por cima do jogo. Poderíamos ter outros espaços. Fizemos alterações para ter mais gente por dentro e por fora. Oferecemos espaços. Criámos oportunidades e não conseguimos marcar."
É necessário reinventar-se sobre a liderança perdida e o que disse ao árbitro?
"Nunca trago conversas particulares para aqui, mas fui sempre correto. O único amarelo que tenho é por ter entrado em campo. Nós estamos sempre à procura de soluções, nós reinventamos-nos a todo o momento. A situação obriga-nos a ter um equilíbrio defensivo maior. Olhar para os jogadores. Perceber quais são as opções."
Tirou Taarabt e Rafa, o Benfica não perdeu pendor ofensivo?
"Eu saio sempre à frente para assumir a responsabilidade do acontecimento. Sei que vão ser os primeiros a ajudar a equipa. É uma hora difícil, mas esses é que são os verdadeiros adeptos. Sei que amanhã ou depois já são os primeiros a dar ânimo à equipa. Isso é muito importante para nós. O jogo interior estava muito bloqueado com muita gente. Queríamos criar situações com movimentos de rotura, que Rafa nem Pizzi conseguiam fazer. Os três médios muito concentrados e os alas a defenderem muito junto aos laterais. Tentámos fazer situações de dois contra um. Faria sentido que fizemos a troca, o Adel com o desgaste e o acumular de jogos, começou a ter iniciativa individual e nesse momento é preciso cabeça fria. Continuamos a ter homens por dentro, mas também por fora."
Esta forma de jogar, gostou daquilo que viu?
"A dinâmica difere sempre um pouco das características dos jogadores. Sabíamos que íamos ter o espaço interior muito bloqueado. Senti que a equipa se manteve equilibrada e com o controlo do jogo. Entre os 25 e 30 minutos, o passe às vezes demorava a chegar. A equipa tem boa entrada na segunda parte, mas não conseguiu chegar ao golo infelizmente."
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