O treinador da equipa de futebol do Benfica disse hoje que o ataque ao autocarro, após o jogo com o Tondela, é uma situação “completamente ultrapassada” e assegurou que não confunde os adeptos com este tipo de acontecimento.
Bruno Lage abordou os momentos vividos após o apedrejamento que causou ferimentos em Julian Weigl e Zivkovic, depois da partida da 25.ª jornada da I Liga, para garantir que o grupo “não tem medo nenhum” e continuou a “trabalhar de forma fantástica para dar uma alegria aos adeptos” já na quarta-feira, frente ao Portimonense.
“Foi tudo tão rápido, que nem sei o que dizer. Sei que não confundo os adeptos que nos fizeram o corredor em Vila do Conde, no ano passado, e aqueles que nos apoiam nos bons e nos maus momentos com este tipo de situação. Não interessa como vivi [esses momentos], interessa que os jogadores estão todos bem e treinaram sem qualquer problema”, disse o treinador, no Seixal, em conferência de imprensa de antevisão à deslocação a Portimão.
Depois do empate frente ao Tondela e já depois do ataque ao autocarro, Luís Filipe Vieira reuniu com os jogadores no Seixal onde terá deixado palavras de exigências a todo o plantel, algo que não incomodou Bruno Lage: "O presidente vai ao balneário quando entender e foi uma conversa de pai para filhos."
O técnico das ‘águias’ recusou comparar o possível rendimento da equipa frente ao Portimonense com o do Sporting frente ao Desportivo das Aves, na final da Taça de Portugal, dias depois da invasão à Academia, em Alcochete, e assegurou que o grupo tem “vontade que o jogo seja o mais rápido possível para marcar os golos” que não marcou no último jogo.
“Marcar golos”, de resto, foi uma expressão repetida insistentemente por Bruno Lage, depois de considerar que foi apenas o que faltou para vencer o Tondela, na quinta-feira, no Estádio da Luz.
“A equipa produziu seis oportunidades claras de golo, duas que batem no poste, três ou quatro que passam rente ao poste em remates cruzados, muitos cruzamentos na pequena área a faltar apenas um toque. Espero que a equipa dê uma resposta em termos de vitória e consiga marcar golos, porque é o que precisamos”, analisou.
Sobre o facto de nenhum dos seis primeiros classificados ter vencido na primeira jornada após o reatamento da I Liga, depois da interrupção devido à pandemia de covid-19, Lage assumiu que o pouco tempo de preparação “condiciona” e que a ausência de adeptos e de jogos de preparação são “pontos a ter em consideração”, mas aproveitou para voltar a vincar a “obrigação de vencer, marcar golos e ir confiantes para o jogo em Portimão”.
Sobre a quebra de rendimento do Benfica, que nos últimos seis jogos da I Liga registou apenas uma vitória, o treinador lembrou que, pelo meio, houve “um período de três meses” em que não se jogou e voltou a falar de golos.
“Não implica que não tenhamos a noção de que tínhamos de vencer este jogo e queríamos fazer mais e melhor. Mas depois de três meses sem competir, ter este número de oportunidades… É marcar os golos”, concluiu.
O Benfica joga na quarta-feira feira no terreno do Portimonense, às 19:15, numa partida da 26.ª jornada da I Liga onde procura manter a liderança, que reparte com o FC Porto, que recebe o Marítimo, às 21:30, já a conhecer o resultado do rival.
As ‘águias’ têm os mesmos 60 pontos que os ‘dragões’, mas estão em vantagem por terem melhor diferença de golos, fator de desempate que vale até à penúltima jornada, mas, em caso de igualdade pontual no fim, os ‘dragões’ prevalecem, face à vantagem no confronto direto [2-0 na Luz e 3-2 no Dragão].
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