Raúl de Tomás deixou em definitivo o Benfica, vendido ao Espanhol de Barcelona, e Bruno Lage falou pela primeira vez sobre a saída do ponta-de-lança, na conferência de imprensa de antevisão do embate de sexta-feira com o Aves.

Questionado sobre o que tinha corrido mal, Lage começou por usar outros jogadores como exemplo. "O que correu mal a Vinícius no Nápoles e no Mónaco? O que correu mal ao Seferovic no primeiro ano e meio no Benfica, antes de começar a faturar? Há que olhar para isto sempre individualmente. Há sempre situações que acontecem e que explicam cada caso", referiu Lage.

Sobre o caso concreto de RDT, o treinador do Benfica apresentou duas explicações. "Houve uma adaptação ao nosso país que não foi a melhor e houve também falta de tempo. Continua a acreditar que o Raúl é um grande jogador. Prova disso é ter aparecido uma equipa a apresentar esta proposta. Não pensávamos aceitá-la, mas quando há um desejo de um jogador regressar ao seu país e voltar para junto dos seus, há que avaliar e olhar para isso", concedeu.

Ainda sobre o ponta-de-lança, Lage acrescentou que gostava de ter conseguido tirar melhor partido do jogador. "Lambento não ter conseguido tirar partido dele, mas quero reforçar o apoio que ele teve de toda a estrutura e dos colegas para que se conseguisse adaptar na perfeição", concluiu.

Lage não teme, porém, que situação idêntica se passe com o reforço Weigl, nem se sente pressionado para que tal não aconteça. "Há sempre pressão para fazer resultar qualquer jogador. Seja o Raúl, o Weigl, ou o Florentino. E talvez essa pressão acabe por condicionar. Há quem lide melhor e pior com essa pressão e eu não sinto qualquer pressão com isso. Tenho apenas de colocar a equipa a jogar da melhor maneira e conseguir os resultados. Tenham os jogadores custado um ou outro valor. A pressão é igual para toda a gente", frisou o treinador das 'águias'.