Os bracarenses fazem a curta viagem até ao Porto três dias depois de terem jogado, em casa, com o Estrela Vermelha (1-1), para a Liga Europa, o mesmo cenário temporal de quando defrontaram o Benfica, na ‘Luz’, de onde saíram goleados por 6-1, na 11.ª jornada – três dias antes tinham recebido, e vencido (4-2), os búlgaros do Ludogorets.

“Os índices físicos estão péssimos, obviamente. O espaço de recuperação é muito curto, os jogadores estão cansados, temos os indicadores dos jogadores que recuperam bem e, em função dessa avaliação, vamos ver quem está nas melhores condições para jogar, mas garanto que vamos ter uma equipa que vai lutar, correr e competir para ganhar”, disse na conferência de imprensa de antevisão da partida.

O FC Porto jogou na terça-feira, para a Liga dos Campeões, tal como o Benfica tinha feito nesse jogo, o que Carlos Carvalhal considera ser uma “desigualdade gritante” e uma “diferença brutal”.

Carlos Carvalhal notou que, nestas situações, um treinador “é sempre preso por ter cão ou ter gato: se surte efeito, é o maior, se mantém a equipa e perde, não percebe nada disto, e se troca e perde é porque meteu as reservas”.

O técnico disse ter tirado “ilações importantes” desse jogo com o Benfica, considerando-o uma "ilha", porque antes e depois o Sporting de Braga fez "grandes jogos".

"Foi um acidente. O adepto comum quer é ganhar e pensa que os jogadores são profissionais e têm que jogar [ao mesmo nível] sempre, mas não é assim, os jogadores não são máquinas”, frisou.

Se fisicamente, a equipa não estará ao melhor nível, emocionalmente sim, considera o treinador dos minhotos, que fez questão de recordar o percurso no comando técnico dos ‘arsenalistas’.

“Que razões teria eu para não estar feliz? E se eu estou feliz, os jogadores também estão. O plantel não se compara com o do ano passado, não por ser melhor ou pior, mas é diferente. Há uma aposta nos miúdos da formação, alguns têm aparecido no ‘onze’ e poderão aparecer amanhã [domingo] outra vez, é esse o destino do Sporting de Braga”, disse.

Carlos Carvalhal disse que a equipa vai a jogo para “tentar vencê-lo, com um respeito muito grande pelo FC Porto, que é muitíssimo bem orientado pelo Sérgio [Conceição], que tem feito um trabalho fantástico”.

“Muitas vezes confunde-se traços de personalidade, o Sérgio é muito mais que um treinador de emoção. A competência dele dentro do aspeto tático e organizativo da equipa é de um nível altíssimo, é muito mais que do que o treinador que fala nas conferências de imprensa do ponto de vista emocional, da luta e da entrega da equipa”, disse.

Galeno voltou após lesão no jogo com o Estrela Vermelha, mas saiu pelos 65 minutos com queixas físicas, mas o técnico disse que esta não é uma recidiva.

“Não é na mesma zona, ele sentiu uma picada, pode ser em função de uma cãibra muito aguda como uma pequena lesão muscular, não conto com ele para amanhã [domingo]”, disse.

Carlos Carvalhal adiantou que será Moura a ocupar o lugar do extremo brasileiro: “Ele é muito competente a jogar no corredor, tem mais golo que o Galeno, é rápido, taticamente é muitíssimo bom e depositamos muita confiança nele”, disse.

Diogo Leite, emprestado pelos ‘dragões’, fica de fora do jogo, tal como Lucas Mineiro, castigado, Castro, Sequeira e Galeno, lesionados.

Sporting de Braga, quarto classificado, com 25 pontos, e FC Porto, primeiro, com 35, defrontam-se a partir das 20:30 de domingo, no Estádio do Dragão, no Porto, jogo que será arbitrado por António Nobre, da associação de Leiria.