O guarda-redes brasileiro Cássio, do Paços de Ferreira, disse esta sexta-feira haver boas possibilidades de celebrar o 100.º jogo na I Liga de futebol, no domingo, com uma vitória frente ao Sporting de Braga, em jogo da terceira jornada.

«Já fizemos por isso no Estoril, agora vamos defrontar um adversário poderoso, mas que vai ter de correr bastante para nos ganhar em nossa casa. Com a mesma atitude do Estoril, colocando os nossos pontos fortes em campo, temos boas possibilidades de sair vencedores do jogo», disse Cássio, em declarações à agência Lusa.

Afirmando desconhecer que ia completar 100 jogos na principal Liga portuguesa, Cássio confessou que, há cinco anos, quando chegou à Mata Real, «achava que não ia ficar tanto tempo», mas a presença na final da Taça de Portugal (derrota com o FC Porto por 1-0), logo no ano de estreia, fê-lo mudar de ideias.

«Isso ajudou, pois senti-me querido pelo clube e pelos adeptos. É bom fazermos parte da história de um clube, integrando a equipa que esteve na primeira final de uma Taça de Portugal. Depois, veio a estreia na Liga Europa, a primeira vitória na competição, mais tarde a final da Taça da Liga. Muita coisa boa», sublinhou.

O primeiro jogo de Cássio pelo Paços de Ferreira foi no Dragão, frente ao FC Porto, na quarta jornada da época 2008/2009, e, apesar da derrota por 2-0, com golos de Raul Meireles e de Hulk, o guarda-redes diz ter sido "uma bela estreia", após algumas semanas à espera da chegada do certificado internacional.

«Feliz por todo este tempo», o guarda-redes, de 32 anos, elege a saída da equipa, em 2009/2010, como um dos piores momentos da sua passagem pelo Paços de Ferreira, lembrando que «foi passar numa semana do 80 para o oito», sem esconder um erro cometido na Supertaça, do qual resultou um golo do "portista" Farías.

Outro "dragão", no caso o colombiano Radomel Falcão, agora no Atlético de Madrid, merece as maiores referências de Cássio, que garante, sem a mínima hesitação, ter-se tratado do «avançado mais complicado de defrontar».

«Tinha ‘faro’ pelo golo, era a forma como se movimentava, no interior e fora da área, muito difícil. Depois também o Cardozo ou o próprio Lisandro Lopez, mas o Falcão foi o mais complicado», afirmou.

Em final de contrato, Cássio disse já não sonha em fazer o contrato da sua vida, explicando que «essa é a ilusão dos jogadores mais novos e com menos anos no futebol», dando prioridade ao seu trabalho e à tranquilidade com que o faz, e, em relação ao futuro, sabe apenas que pretende acabar a carreira no Brasil.

«Sei apenas que quero acabar onde comecei, no Brasil, mas não sei quando será. Não sei o que o futuro me reserva, mas sei que tenho ainda alguns anos pela frente nos relvados», concluiu.