O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) abriu hoje um inquérito ao Sporting e ao antigo dirigente "leonino" Paulo Pereira Cristóvão, na sequência do “caso Cardinal”.

De acordo com o comunicado da secção não profissional do CD, foi aberto um processo «à Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD e a Paulo António Pereira Cristóvão, em virtude de existirem fortes indícios de terem violado normas legais e disciplinares que regem a atividade desportiva».

Na segunda-feira, Paulo Pereira Cristóvão ficou a saber que vai ser julgado por sete crimes, no âmbito do chamado “caso Cardinal”.

O antigo dirigente é acusado de um crime de burla qualificada, outro de branqueamento de capitais, dois de peculato, mais um de devassa por meio informático, um de acesso ilegítimo e, por fim, um de denúncia caluniosa agravada.

Este caso foi desencadeado com o envio de uma carta anónima a denunciar um alegado suborno ao árbitro assistente José Cardinal, nomeado para um jogo entre o Sporting e o Marítimo, em abril de 2012, carta essa que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, faria chegar à PJ, depois da mesma lhe ter sido entregue pelo presidente dos “leões”, Godinho Lopes.

Na sequência da investigação da PJ, foram constituídos arguidos, além de Paulo Pereira Cristóvão, um ex-funcionário deste, Rui Martins, suspeito de ter feito, no Funchal, o depósito de dois mil euros na conta bancária do árbitro assistente José Cardinal, e a secretária do dirigente leonino, Liliana Caldeira, que terá, alegadamente, comprado a passagem de avião para aquele viajar até à Madeira.